Especializanda em Gestão Pública e Sociedade
Na sociedade atual, o termo gestão escolar é utilizado para definir a organização, ou seja, a administração de atividades, visando determinados objetivos. A palavra gestão pode ser compreendida como ação de gerir ou gerenciar, no entanto não é relacionado como sinônimo de gerir idéias, envolver ou motivar para que haja participação uma vez que a essência do trabalho em gestão escolar é produto da atuação de outras pessoas.
Neste contexto é possível constatar que tanto administrar como gerenciar supõem:
Interpretar os objetivos da organização (empresarial ou educacional), é transforma-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle dos esforços realizados em todas as áreas e níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos e garantir a competitividade (...) da empresa (Chiavenato, 2004, p.8).
Assim sendo, o gestor escolar é, portanto, o responsável pela organização e a orientação do trabalho em equipe. Ele é o articulador que gerencia todas as ações na organização do trabalho escolar e no planejamento, execução e avaliação de propostas administrativas e pedagógicas da escola. A Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (LDB) ou Lei 9394/96 determina em seu artigo 14 que a gestão escolar deve ser democrática, ou seja, que o ocupante do cargo de gestor ou diretor escolar deve exercer a gestão de forma democrática a partir da participação de todos os segmentos escolares e da consulta aos órgãos deliberativos e consultivos, que precisam ser constituídos. Além disso, a visão é que o trabalho deve se efetivar de forma coletiva, conduzido pela equipe gestora que tem a tarefa de articular as ações de todos os profissionais envolvidos.
Nessa concepção a organização e a gestão da escola precisam ser refletidas em relação ao comprometimento dos agentes que nela atuam. A gestão escolar deve propiciar um trabalho participativo, democrático e dialógico onde todos os membros tem direitos e deveres pré estabelecidos.
Diante desta concepção entende-se que o envolvimento de pessoas no processo escolar, além de democrático tem que ser envolvente, articulado com momento de sensibilização, troca de experiências, aprimoramento de práticas educativas e coerentes com os fins e objetivos da real função da escola como instituição exclusivamente para promover a educação.
No entanto, para que haja participação é preciso ter consciência que essa é uma missão árdua, as vezes lenta. Em se tratando de lidar com seres humanos (complexos e singulares) exige-se que tenhamos paciência, capacidade de liderar, profissionalismo, comprometimento, reflexão e acima de tudo acreditarmos que os desafios existem para serem enfrentados.
No cotidiano escolar, envolver a comunidade local requer por parte da equipe diretiva, estratégias que motivem a participação e que vão de encontro às reais necessidades dos membros que fazem ou farão parte de todo o processo onde o respeito, a valorização, entre outros deveres, sirvam de estímulo e incentivo a uma participação efetiva na integração entre escola e comunidade. De forma democrática, conforme Pereira (Gestão em Rede, p.5); “a gestão democrática exige o cultivo da cultura da participação, do trabalho coletivo, da ação colegiada, da realização pelo bem comum”. Enfim, é preciso possibilitar momentos de experimentação da democracia na escola para se tornar uma prática efetiva, consolidada e passível de ser efetivamente vivenciada.
Alicerces do trabalho em conjunto ou trabalho participativo. Neagley e Evans (1969) citados por Santos Marilha Maciel (2003,p.57) diz:
Em primeiro lugar, a equipe deve ter uma meta, propósito, causa ou objetivo que seja identificado, aceito, compreendido e desejado por todos os membros da equipe. Em segundo lugar, a equipe deve ter espírito, moral e desejo de triunfar ainda que seja ao custo de consideráveis sacrifícios individuais. Em terceiro lugar, as linhas de autoridade e responsabilidade devem ser estar claramente definidas e compreendidas perfeitamente por todos. Em quarto lugar, devem ser estabelecidos os canais de comunicação. Em quinto lugar, o líder deve descobrir e utilizar ao máximo as capacidades criadoras de cada uma das pessoas e uni-las numa equipe homogênea (in NEAGLEY e EVANS, 1969).
Estes alicerces expressam com muita nitidez a importância da organização escolar ter objetivos comuns e compartilhados, buscando a inclusão da equipe de profissionais. Isto é, conta com uma estrutura organizacional em que os encargos fiquem bem deliberados, dispondo várias formas de diálogo entre as pessoas e tendo um gestor que consiga motivar e movimentar as pessoas para uma ação participativa, em que todos sejam agentes da própria prática da gestão participativa.
A exemplo do comportamento ou atidudes nos modelos de gestão escolar, podemos carcterizar as seguintes situações:
Figura 01: Uma gestão não participativa, pode provocar tristeza e descontentamento dos membros da equipe.

Figura 02: Uma gestão não participativa pode gerar dúvida e isolamento de membros da organização.

Figura 03: A Gestão participativa gera união.

Figura 04: União gera contentamento.
Palavras-chave: Gestão escolar – organização – gestão democrática.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. edição compacta, 3. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
LDB – Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 96394/96 (Lei Darcy Ribeiro – 1997 – Brasília.
MATOS, Geraldo. Dicionário Júnior da Língua Portuguesa / Geraldo Matos - ed. 3ª, São Paulo: FD, 2005.
PEIN, S. T. S.; VIEIRA, S. L.; MACHADO, M. A. I. Progestão: como promover, articular e envolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar? Brasília: Consed, 2001.
REVISTA - Gestão em Rede - agosto 2008 - Gestão Participativa no âmbito escolar FNDE - Consed (Ministério da Educação).
SANTOS, Marilha Maciel – 2003.
esse texto,muito nos enriquece o nosso conhecimento, no que se refere a edução na pratica do nosso cotidiano.Embora muitas entidades ainda resiste o movimento sociedade dá sociedade alé dos muros da escola.
ResponderExcluirparabéns...muito rico o seu texto
quando nos deparamos com conteudo como essa texto acima,com linguagem simples porém rico em informações, nos leva a refletir,que vale a pena sonhar em uma educação mais digna,com articulações simples e acessível a todos....
ResponderExcluirparabéns!!!!
Excelente artigo!Fácil entendimento!É muito rico em conhecimento.É Com base nisso, podemos perceber que gestão escolar, situa-se no âmbito da escola e trata das tarefas que estão sob sua responsabilidade, ou seja, procura promover o ensino e a aprendizagem para todos....
ResponderExcluirAmei seu texto Parabénss....
Ótimo texto...Me ajudou muito..
ResponderExcluirParabéns...
Reflito na leitura deste texto e imagino como seria bom se os gestores educacionais atuassem assim com uma conduta de gestor participativo na educação envolvendo todos ao seu redor .
ResponderExcluirPenso que com está participação os educadores não estariam sobrecarregados na ardua tarefa de ensinar .
O texto visa o que não acontece nas escolas públicas e particulares do Brasil .
ResponderExcluirNós , ou seja , a sociedade deveriamos participar da gestão educativa .
E uma coisa que todos nós tinhamos que ter como prioridade .
Parabéns pelo texto !
interpretar os objetivos e transforma-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização e direção e tudo que esperamos de um bom gestor público. Parabéns pelo belo trabalho.
ResponderExcluirA Gestão Democrática deve ser um instrumento de transformação das práticas escolares, tornando-se o seu maior desafio, pois envolverá a formulação de um novo projeto pedagógico. A ação dos professores torna-se fundamental, pois a sua organização e compromisso poderão criar as condições para uma ampla reformulação da prática escolar, em busca de um novo modelo pedagógico. O modelo pedagógico fundamentado numa concepção democrática do projeto educativo deverá ser construído a partir de um projeto coletivo gestado com a presença de alunos, pais e demais segmentos da escola.
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