Páginas Vinculadas

Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Uma importante conquista: O livro Gestão Pública e Sociedade


Após o seu lançamento oficial, dia 19 de agosto, em Brasília, junto com a abertura da 3ª edição da pós, já estamos distribuindo o livro - que é fruto do um longo e árduo trabalho - GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE - Fundamentos e Políticas Públicas da Economia Solidária, que pode ser baixado aqui na sua versão PDF (click no texto sublinhado).

Consideramos essa uma importante conquista para o projeto, e principalmente para avançarmos na discussão da necessidade histórica de se democratizar o setor públicos, bem como o conjunto das relações sociais.

Boa leitura para todos.


Édi A. Benini (edibenini@hotmail.com)




sexta-feira, 29 de julho de 2011

RESULTADO PROVISÓRIO DOS ALUNOS - CURSO DE PÓS

Caros

Devido ao grande numero de inscrições, para a 3º edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade, estamos nos organizando para divulgar o resultado provisório no máximo neste domingo.

Em alguns pólos as inscrições passaram de 200, demonstrando a considerável demanda por este tipo de curso e discussão.

A coordenação


quarta-feira, 27 de julho de 2011

URGENTE: ameaça de morte contra militantes


urgente: ADVOGADO E PADRE AMEAÇADOS DE MORTE PELO LATIFÚNDIO NO MARANHÃO / BRASIL

Amigos e amigas,

Por favor divulgar amplamente, este post, inclusive, reproduzindo-o em suas listas de discussão e em seus blogs, pois as vidas de companheiros estão em perigo.

Adriano Espíndola

http://defesadotrabalhador.blogspot.com/2011/07/urgente-advogado-e-padre-ameacados-de.html

terça-feira, 26 de julho de 2011

RESULTADO PROVISÓRIO - MONITORES


Caros

Já foi publicado resultado provisório (antes de recursos) para a seleção de monitores do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade.



A coordenação

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Uma homenagem ao PAULO SÉRGIO PORTO

Caros companheiros(as),

Nunca pensei em ter que abrir e-mail para ver/ler notas de luto, pesar ou mesmo convite para o velório de um amigo tão querido: PAULO SÉRGIO PORTO!

Nunca pensei em ter que acessar aos sites na internet para ver/ler notícias e fotos de um competente profissional estampado nas matérias jornalísticas acometido por um crime, logo ele que, ao longo da vida, estudou e aprimorou sua prática e discurso profissional para melhor se posicionar diante de tanta barbarie, logo ele que, junto com toda uma categorial profissional, se indignou com diversos fatos e notícias de violência...

Nunca pensei em ter que procurar saber como fazer para garantir justiça, dignidade e respeito para àquele que foi um dos militantes para garantia de direitos quando diariamente trabalhou no combate à injustiça social, à desigualdade e à violência quando sempre se posicionou em prol dos direitos da mulher, da criança, do idoso, dos negros, dos quilombolas, das famílias vulneráveis, e, claro, das pessoas com orientação sexual diferente daquela tida por muitos preconceituosos como "normal". E aí? Quem é normal quando se trata de amar ou se relacionar com quem quer que seja? Amar é anormal? Anormal para mim são aqueles que por pura ignorância/intolerância tanto ética quanto moral se julgam superiores quando são reduzidamente da pior espécie: sórdidos!

Nunca pensei em ter que chorar por um amigo tão alegre e divertido que tantas vezes trouxe-nos boas risadas ao tempo em que, de forma sincera, prática e objetiva, falava-nos da vida exatamente como ela é. Diferente de nós? Claro que não! Nós sempre sabíamos que todas as coisas que ele falava eram fatos da vida, nós apenas não nos sentíamos tão a vontade de expô-los como ele o fez. Essa era toda a sua essência: autenticidade.

Bem, o fato é que eu nunca pensei em ter que me despedir assim – com palavras escritas – de um profissional e de um amigo tão humano, acolhedor e compreensivo... Deixo então as palavras de Chico Xavier, coisa que curiosamente, ou mesmo para quem acreditar: por destino, foram enviadas para o meu e-mail logo após o acontecido: Quando eu morrer, se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"

Receba meu enorme respeito e minha eterna saudade ao meu grande amigo! Vou tê-lo como exemplo de pessoa companheira e sincera que conviveu parte do seu tempo ao lado dos que amou, e o mais importante: foi um bom amigo e acreditou verdadeiramente nas pessoas e na amizade!.

Michelle Carneiro.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

A inflação e a dívida


Artigo imperdível para todo o CIDADÃO brasileiro, no Le Mond Diplomatique:


domingo, 3 de julho de 2011

PUBLICADO EDITAL DE SELEÇÃO DOS ALUNOS

Hoje foi publicado o EDITAL nº 3 para a seleção de alunos para o curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade, na sua 3º edição, turma 2011/2012.

Nesta edição, o curso está focada para formar GESTORES PÚBLICOS EM POLÍTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA.



A COORDENAÇÃO

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Publicado Edital nº 2 para a seleção dos monitores



Hoje foi publicado o edital nº 2, para a seleção de monitores em cada um dos pólos do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade.

Em breve estaremos lançando o edital de seleção dos alunos.


A coordenação

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tudo pronto para a 3ª edição da pós


Informamos que está tudo pronto para o lançamento da 3º edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade.

Pedimos desculpas pela atraso, porém a logística de um curso nacional impõe uma boa organização prévia.

Amanhã estaremos publicando o edital para a seleção dos monitores (haverá um para cada pólo), e assim que houver liberação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, estaremos publicando o edital de seleção dos alunos.



A coordenação

quinta-feira, 9 de junho de 2011

INFORMAÇÃO - nova turma de Gestão Pública e Sociedade


Prezados


Informamos que devido a alteração de um dos pólos das aulas (de Rio Branco para Belém), precisamos adiar por mais uma semana o lançamento do edital de inscrição dos alunos.

A coordenação

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nova turma da pós em Gestão Pública e Sociedade - informações


INFORMAMOS, que por motivos formais e burocráticos, a publicação do edital foi adiada. A previsão é que no máximo até a próxima segunda-feira, dia 07 de julho, estaremos iniciando o processo seletivo dos alunos com a publicação efetiva do edital.



A coordenação


ATENÇÃO>

o EDITAL JÁ ESTÁ PRONTO.... aguardando apenas a liberação do setor jurídico para publicação....

domingo, 22 de maio de 2011

em breve...

Está programado o lançamento do edital, para a 3º edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade, no dia 1 de junho!


Com a liberação da primeira parcela do convênio entre a Secretaria Nacional de Economia Solidária, com a FAPTO, o edital e demais providências já estão sendo encaminhadas.

Este curso será especial, pois além de financiamento público, logo, será gratuito, estará sendo destinado especialmente a formação de gestores públicos em políticas de economia solidária, e sua oferta será nacional, com 10 turmas simultâneas nas 5 regiões do Brasil.

A coordenação

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Debatendo a Reforma Política - prévia

Está confirmada uma prévia, PARA ARTICULAÇÃO, da audiência pública na assembléia sobre a REFORMA POLÍTICA.


Domingo, 22 de maio, 14:15, no anfiteatro 6 (bloco D) na UFT, Campus de Palmas.


A idéia inicial seria aqueles que já tem propostas (ou conhecem as propostas) para a reforma política, apresenta-las, e abrirmos para discussão, e depois vemos os encaminhamentos... (haverá projetor para quem precisar utilizar).

sábado, 14 de maio de 2011

QUAIS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL SERÃO BENÉFICAS PARA O SER HUMANO E O AMBIENTE?

Afirmamos em texto aqui publicado que há um novo paradigma de desenvolvimento no nordeste: Projeto Conviver com o Semiárido. Há vigorosos movimentos sociais que defendem empreendimentos solidários apropriados ao ambiente, pontos de cultura edificados de baixo para cima pela classe obreira. Mas ainda há concepções atrasadas que confundem mero crescimento econômico (Produto Interno Bruto) com desenvolvimento. Diz o Dr. Roberto M. Alves da Silva: “a convivência com o meio ambiente é um imperativo fundamental para o manejo dos recursos naturais num ecossistema, sem inviabilizar a sua reprodução. Convivência é “viver com”, estar junto com os outros. Significa a possibilidade de interação e coexistência dentro da lógica de reciprocidade”. Portanto, desenvolvimento não significa combater a seca, mas conviver com a riqueza do semiárido. A classe trabalhadora tem lutado, há muito tempo, contra a destruição dos seus meios tradicionais de sobrevivência. Desde as lutas das Ligas Camponesas, Margarida Alves da Paraíba e muitas outras que os movimentos sociais ensinam que há alternativas para superação da miséria no Brasil. Será que a classe trabalhadora nordestina, as indígenas e as quebradeiras de coco babaçu serão expulsas dos seus espaços pelos projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? O Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) ajuda na articulação das lutas de resistência contra o modelo energético excludente e busca uma alternativa de trabalho. Direito à vida! Entre os dias 26 a 30 de novembro de 2009 representantes de movimentos populares dos Estados do Nordeste percorreram as regiões dos quatro estados do setentrional por onde as obras da transposição do S. Francisco já impactaram negativamente a vida da população e o ambiente. O “Terceiro Mutirão das Águas” lançou o “Manifesto em defesa das águas, da terra e do povo” que denuncia: muita desinformação, propaganda enganosa, regularização fundiária injusta, destruição de cisternas familiares, enfraquecimento da economia e das CULTURAS LOCAIS. Cerca de 700 famílias foram desalojadas! Os brasileiros e as brasileiras deveriam ter a oportunidade de conhecer as mudanças que estão sendo apresentadas em relação ao Código Florestal. Várias instituições lançaram o “Manifesto Contra as Mudanças no Código Florestal” (Correio da Cidadania) e denunciam a falta de participação e de democracia em relação à forma como o “debate” vem sendo realizado. Por exemplo, o projeto e seu substitutivo não contemplam as demandas da agricultura familiar, das populações tradicionais e dos quilombolas. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que vão para a mesa das brasileiras (os) Concordo com a presidente Dilma Rousseff quando diz que defenderá os Direitos Humanos. Estamos esperançosos. Fontes: www.asabrasil.org.

Felipe Luiz Gomes e Silva (felipeluizgomes@terra.com.br)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

FOTOS DO PROJETO "ESCOLA DE DEMOCRACIA" DO GRUPO DE ESTUDOS GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE, COM OS ALUNOS DA ESCOLA SÃO JOSÉ







A busca pela inovação tecnológica!

A pesquisa sempre foi uma das formas mais eficientes de crescimento econômico e social de uma nação. No Brasil como na maior parte do mundo as pesquisas são encabeçadas pelas universidades, que através de seus estudiosos buscam ao máximo aprimorar a inovação em busca de uma maior competitividade dos diversos ramos da sociedade. No entanto o Brasil ainda estar muito atrás dos padrões internacionais, prova disso é que o nosso país forma 12 mil doutores e 41 mil mestres por ano (dados de 2010), sendo que na China forma por ano na faixa de 36 mil doutores. Esses números são fáceis de serem explicados, basta vermos o total de investimentos em pesquisa de ambos os países no mesmo período, o Brasil em 2010 investiu 1,25 % do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto na China foram investidos 1,44%. No Japão, um dos países mais inovadores do mundo investiu-se por ano 3,44% do PIB. Portanto o Brasil tem muito a crescer no que se refere à pesquisa para inovação.

Através do Ministério da Ciência e Tecnologia e das Secretarias Estaduais de Ciência e Tecnologia, o governo parece está disposto a virar essa mesa e tornar o Brasil umas das maiores potências em desenvolvimento, em pesquisa e inovação e acompanhar os níveis de países mais desenvolvidos. Como atitude concreta disso podemos ver a criação das FAPs (Fundação de Amparo a Pesquisa) que são criadas em todos os estados, vinculadas as Secretarias Estaduais de Ciência e Tecnologia e que busca o incentivo as pesquisas científicas e tecnológicas por meio de apoio técnico e financeiro; a contribuição para o desenvolvimento social, econômico e cultural; e apoiar a formação e o aperfeiçoamento de profissionais para pesquisa, inovação e desenvolvimento técnico de interesses dos estados.

Fundações semelhantes já foram criadas em vários estados do Brasil, no Tocantins esse o Projeto de Lei de autoria do governo do estado foi aprovado dia 23 sem emendas e por unanimidade pelos deputados estaduais. O Projeto de Lei 02/2011 institui a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Tocantins (Fapt) e logo no dia 31 durante o Fórum Nacional de Assuntos em Ciência, Tecnologia e Inovação realizado em Palmas foi assinado pelo governador o ato que cria o referido órgão.

Com isso, a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia fica obrigada a aplicar parte de seu orçamento na concessão de bolsas integrais ou complementares, são pesquisas que futuramente ajudarão o Tocantins a crescer cada vez mais em inovação.

Por Artur Costa

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nova turma da pós em Gestão Pública e Sociedade - informações


INFORMAMOS que estamos planejamento a abertura de nova turma do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade, com previsão de lançamento do edital no final de maio para começar em junho.

A princípio esse curso continuará subsidiado pelos alunos, com mensalidades de R$ 100,00 ou no máximo R$ 120,00 (em estudo), menor carga horário por mês, inclusão de novas disciplinas, e algumas atividades complementares. Dentro do princípio de aprimoramento contínuo.

Estamos organizando um encontro de avaliação e planejamento, dessa nova modelagem do curso, para inicio de Maio, a ser divulgado aqui.


Atenciosamente

A coordenação


sábado, 16 de abril de 2011

O Fetiche da Tecnologia

De 1850 até a Primeira Guerra Mundial, mais de 40 milhões de pessoas foram “exportadas” da Europa para outros territórios, o que equivaleu mais de ¼ da força de trabalho. Essa foi uma forma da Europa “resolver” o problema do desemprego, solução que hoje não é mais possível. Para além do mero avanço técnico o desenvolvimento econômico exige justiça social. Mas ainda há quem acredite que a tecnologia por si só resolverá a questão atual do excedente humano na América Latina e que a luta pela reforma agrária é anacrônica, ultrapassada. Há no nordeste, por exemplo, o Movimento Social Conviver com o Semiárido que defende tecnologias sociais e empreendimentos agroecológicos solidários que poderão melhorar as condições de vida da classe trabalhadora. Em Alagoas e no Maranhão 60% de “inframiseráveis” recebem a bolsa-família e a situação pode piorar. Com aplicação de avançada tecnologia 70% das águas da transposição do Rio Chico serão destinadas à irrigação, 26% para consumo industrial e urbano, só 4% para consumo humano. Portanto, como os “inframiseráveis” e os 20 milhões de nordestinos serão beneficiados? Para José G. da Silva e outros há no nordeste uma “questão agrária” a ser resolvida. Afirma José Eli da Veiga: “Em todos os países desenvolvidos, a agricultura familiar tem uma importância socioeconômica e política muito maior do que a agricultura patronal, baseada no trabalho assalariado. No Brasil a situação é inversa. Até o Banco Mundial reconhece que nenhuma outra política tem capacidade redistributiva do que a reforma agrária. Apesar da força do MITO da agricultura patronal, a sociedade brasileira está aos poucos se dando conta da sua absurda INEFICIÊNCIA distributiva. Todavia o assentamento anual de algumas dezenas milhares de ‘sem-terra’ valerá pouco se nada for feito para liberar o potencial dos pelo menos dois milhões de agricultores familiares ‘com – terra’. É crescente a população rural não- agrícola, pois enquanto diminui o êxodo rural cresce a desocupação agrícola, cerca de 28 milhões de pessoas deixaram a área rural entre 1960 e 1980. E entre 1992 e 1995, ficaram sem ocupações agrícolas assalariadas ou por conta própria cerca de 120 a 150 mil famílias. E o caráter essencialmente familiar da agricultura dos EUA não parou de se firmar. Ao contrário do que muitos pensam, as ‘corporações’ são exceção. A tradicional agricultura familiar foi responsável por 54% da produção comercializada E no Brasil produz 70% dos alimentos! O país precisa aprofundar e ampliar fortalecimento da agricultura familiar em três domínios prioritários: educacional, fundiário e creditício. É preciso enfrentar a questão agrária, mudar o padrão tecnológico e cuidar do ambiente. O conhecimento científico adequado deve ser o principal insumo e para isto é preciso melhorar o ensino regular em escolas rurais, a formação profissional e as redes de extensão e assistência técnica (1998)”. Não bastam técnicas e tratores!


Felipe Luiz Gomes e Silva.

terça-feira, 12 de abril de 2011

DEBATE NA UFT: aberto para todos

Debate sobre o tema: Limites e Desafios da idéia de sustentabilidade na atual sociedade capitalista

Palestrante: Prof. Dr. José Tartaglia (professor visitante no curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade)
Debatedor: Prof. Fábio Duarte (colegiado do curso de Filosofia e Artes)

Haverá também o lançamento no Tocantins do livro: Trabalho, Educação e Reprodução Social - as contradições do capital no século XXI

Data: 15/04 - sexta-feira - 19 horas

Local: auditório do bloco III - UFT - Palmas/TO

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A quem interessa a transposição do São Francisco?

Por Aziz Ab´Sáber

25/03/2011



É compreensível que em um país de dimensões tão grandiosas, no contexto da tropicalidade, surjam muitas ideias e propostas incompletas para atenuar ou procurar resolver problemas de regiões críticas. Entretanto, é impossível tolerar propostas demagógicas de pseudotécnicos não preparados para prever os múltiplos impactos sociais, econômicos e ecológicos de projetos teimosamente enfatizados.

Nesse sentido, bons projetos são todos aqueles que possam atender às expectativas de todas as classes sociais regionais, de modo equilibrado e justo, longe de favorecer apenas alguns especuladores contumazes.

Nas discussões que ora se travam sobre a questão da transposição de águas do São Francisco para o setor norte do Nordeste Seco, existem alguns argumentos tão fantasiosos e mentirosos que merecem ser corrigidos em primeiro lugar. Referimo-nos ao fato de que a transposição das águas resolveria os grandes problemas sociais existentes na região semi-árida do Brasil.

Trata-se de um argumento completamente infeliz lançado por alguém que sabe de antemão que os brasileiros extra-nordestinos desconhecem a realidade dos espaços físicos, sociais, ecológicos e políticos do grande Nordeste do País, onde se encontra a região semi-árida mais povoada do mundo.

O Nordeste Seco, delimitado pelo espaço até onde se estendem as caatingas e os rios intermitentes, sazonários e exoreicos (que chegam ao mar), abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 quilômetros quadrados, enquanto a área que pretensamente receberá grandes benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte. Portanto, dizer que o projeto de transposição de águas do São Francisco para além Araripe vai resolver problemas do espaço total do semi-árido brasileiro não passa de uma distorção falaciosa.

Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio – Paulo Afonso, Itaparica e Xingó.

Devendo ser registrado que as barragens ali implantadas são fatos pontuais, mas a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo de planejamento da mais alta relevância para o espaço total da região.

Segue-se na ordem dos tratamentos exigidos pela idéia de transpor águas do São Francisco para além Araripe a questão essencial a ser feita para políticos, técnicos acoplados e demagogos: a quem vai servir a transposição das águas?

Os “vazanteiros” que fazem horticultura no leito dos rios que “cortam” – que perdem fluxo durante o ano-serão os primeiros a ser totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “A cultura de vazante já era”. Sem ao menos dar qualquer prioridade para a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade maior em relação aos espaços irrigáveis que viessem a ser identificados e implantados. De imediato, porém, serão os fazendeiros pecuaristas da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm.

Um projeto inteligente e viável sobre transposição de águas, captação e utilização de águas da estação chuvosa e multiplicação de poços ou cisternas tem que envolver obrigatoriamente conhecimento sobre a dinâmica climática regional do Nordeste. No caso de projetos de transposição de águas, há de ter consciência que o período de maior necessidade será aquele que os rios sertanejos intermitentes perdem correnteza por cinco a sete meses.

Trata-se, porém, do mesmo período que o rio São Francisco torna-se menos volumoso e mais esquálido. Entretanto, é nesta época do ano que haverá maior necessidade de reservas do mesmo para hidrelétricas regionais. A afoiteza com que se está pressionando o governo para se conceder grandes verbas para início das obras de transposição das águas do São Francisco terá conseqüências imediatas para os especuladores de todos os naipes.

O risco final é que, atravessando acidentes geográficos consideráveis, como a elevação da escarpa sul da Chapada do Araripe – com grande gasto de energia!-, a transposição acabe por significar apenas um canal tímido de água, de duvidosa validade econômica e interesse social, de grande custo, e que acabaria, sobretudo, por movimentar o mercado especulativo, da terra e da política.

No fim, tudo apareceria como o movimento geral de transformar todo o espaço em mercadoria.



*Aziz Ab´Sáber é geógrafo, professor e escritor. Professor-Doutor em Geografia Física (USP), ganhador do prêmio Ciência e Meio Ambiente da Unesco, também foi presidente da SBPC e do Condephaat e diretor do Instituto de Geografia da USP.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Lançamento Livro: Trabalho Educação e Reprodução Social

Convidamos todos vocês para participar da sessão de lançamento do livro:


Trabalho, educação e reprodução social: As contradições do capital no século XXI, organizado pelos professores Eraldo Batista, vinculado ao grupo de estudos e pesquisas HISTEDBR_GT_Unicamp e Henrique Novaes, professor da UNESP-Marília, Departamento de Administração e Supervisão Escolar (DASE). Os organizadores e os autores dos capítulos farão uma breve exposição do mesmo e após esta atividade, realizaremos o lançamento.


OBS: Os autores e organizadores irão vender o livro mais barato que o valor estipulado pela editora, os interessados, por favor, entrem em contato com os autores.

Abaixo seguem mais informações sobre livro


Dia do lançamento: 24 de Março

Local: Sala da Congregação Faculdade de Educação/ Unicamp

Horas: 16:30 horas


Abraços,

Eraldo Batista, Henrique Novaes e demais autores




ARTIGOS E AUTORES


A reestruturação produtiva e a nova ideologia da educação profissional:

adaptação e competências

Roberto Leme Batista


Mundialização do capital e as novas formas de imbricação entre as

dimensões financeira e produtiva

Lívia de Cássia Godoi Moraes


A concepção de educação na obra de István Mészáros

Caio Antunes


Notas sobre direito autoral, desenvolvimento tecnológico e precarização

do trabalho

Arakin Queiroz Monteiro


Experimentação/autogestionária: autogestão da pedagogia/pedagogia

da autogestão

Cláudio Nascimento


A autogestão como magnífica escola: notas sobre educação no trabalho

associado

Henrique T. Novaes


A educação no contexto da economia solidária: problemáticas para uma práxis emancipatória

Édi Augusto Benini, Elcio Gustavo Benini e Juliana Chioca Ipolito


Educação, trabalho e autogestão: limites e possibilidades da economia

solidária

Ioli G. Wirth, Laís Fraga e Henrique T. Novaes


Reflexões para um debate sobre a orientação da rede dos institutos

federais de educação, ciência e tecnologia

Renato Dagnino, Núbia Moura Ribeiro e Alex Cypriano


A educação profissional no Brasil: algumas notas sobre os anos 1930 e

1940

Eraldo Leme Batista, Helica Silva Carmo Gomes


A relação “educação e trabalho” no pensamento pedagógico dos

empresários brasileiros em fase de neoliberalismo

Elisabete Gonçalves de Souza


Movimentos sociais, trabalho associado e educação: reformas e rupturas

Neusa Maria Dal Ri e Candido Giraldez Vieitez


Educação no movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra: formação

em agroecologia no MST/PR

Aparecida do Carmo Lima e Amélia Kimiko Noma


Notas sobre a educação popular e a questão agrária na revolução

burguesa no Brasil

Fabiana de Cássia Rodrigues


A mão e o sinete notas introdutórias à questão do controle social na UFFS

Paulo Alves de Lima Filho


Rede de Estudos do Trabalho



RESUMO DO LIVRO:

O livro-coletânea “Trabalho, Educação

e Reprodução Social – As contradições

do capital no século XXI”, organizado

por Eraldo Batista e Henrique Novaes,

é um precioso convite à reflexão crítica

num cenário de barbárie social e impasses

históricos da civilização do capital. É um

painel privilegiado de problemáticas do

trabalho nos primórdios do século XXI

tratadas a partir da particularidade brasileira.

O livro trata de temas candentes

como Trabalho, Educação e Mundialização

do capital, Trabalho Associado e Educação

no Brasil, Trabalho e Educação profissional

no Brasil e Trabalho, Educação

e Movimentos sociais no Brasil. Enfim,

a temática da educação percorre todos os

textos desta interessante coletânea.

Por que o tema da formação humana

– ou educação no sentido pleno da palavra

– é o tema mais crucial do século XXI?

Primeiro, porque o ato de fazer história

implica sujeitos humanos conscientes

capazes de transformar as condições

materiais de produção da vida, por meio

de intervenções radicais no plano da democratização

da vida cotidiana. Enfim,

a questão que se coloca hoje sob o tempo

histórico do “capitalismo manipulatório”

(Lukács) é como deter a máquina industrial

e política de desmonte de sujeitos humanos

montada pela ordem do capital.

(...)

Segundo, formar sujeitos humanos

capazes de escolhas radicais é um ato subversivo

na ordem burguesa. Na medida em

que escolas, movimentos sociais, partidos e

sindicatos com compromisso histórico radical

conseguirem elaborar metodologias

pedagógicas capazes de ir além da mera

reprodução instrumental dos elementos

da ordem capitalista, eles se colocarão

num campo precioso da subversão cultural

contra a ordem “imbecilizante” do capital.

A prática revolucionária hoje é acima

de tudo, uma práticaintelectual-moral, ou

melhor, uma intervenção prático-cultural

de natureza radical e criadora capazes de

formar sujeitos-produtores de uma consciência

crítica do mundo burguês.

(...)

Finalmente, com a constituição do

“capitalismo manipulatório”, que tornouse

hoje um sistema mundial organizado

pela oligarquia industrial-financeira, que

controla os aparatos de “formação de

opinião pública”, sob o controle do capital

concentrado dos grandes grupos da

indústria cultural, o problema da formação

humana tornou-se o problema crucial

do nosso tempo histórico. Manipula-se

mais hoje do que nunca, tendo em vista

que, não interessa ao sistema de controle

estranhado do capital em escala global, a

dissidência intelectual-moral. Na medida

em que se agudizam as contradições orgânicas

da ordem mundial do capital em

sua etapa de crise estrutural, ampliam-se

e intensificam-se formas de manipulação

que deformam os sujeitos humanos. Na

verdade, impede-se a formação humana

no sentido de homens e mulheres capazes

de consciência crítica e, principalmente,

consciência de classe.

Sob a crise estrutural do capital, disseminam-

se novos modos de estranhamento

social que assumem formas fetichizadas.

Mais do que nunca, a percepção da realidade

histórica é prejudicada pelo fetichismo

social que impregna a ordem burguesa.

Fetichismo quer dizer intransparência e

ocultação da natureza essencial das coisas.

O que significa que hoje, a intensificação

da manipulação decorre do incremento

do fetichismo social, onde o fetichismo da

mercadoria é sua forma mais simples.

(...)