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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

domingo, 31 de maio de 2009

CacciaBava_Forç Fraqu cidadania


A
FORÇA E A FRAQUEZA DA CIDADANIA
Silvio
Caccia Bava

Sociólogo,
Mestre em Ciência Política, pesquisador do Instituto
Pólis, diretor da ABONG (Associação Brasileira
de Organizações Não Governamentais).



A
defesa da cidadania se tornou central no debate político atual
com a transformação crescente das nossas sociedades em
sociedades de mercado, marcadas pelas estratégias individuais,
pela competição, pela violência. Sociedades que
são cada vez mais comandadas pelos interesses das grandes
corporações transnacionais e que perdem a cada dia sua
capacidade de regulação pública democrática.


Feixes de fibras óticas, laser, chips, o poder
virtual. As mudanças tecnológicas e a concentração
do capital criam uma nova realidade onde as instituições
reguladoras do interesse público são capturadas por
esse novo poder e deixam de cumprir o papel de representação
que lhes era reservado algumas décadas atrás. As
instituições democráticas que temos tornaram-se
obsoletas. E, por conta desta nova realidade, a defesa da cidadania
na forma como vem se apresentando, embora seja estratégica
para garantir a possibilidade da construção
democrática, é um apelo saudosista à
contratualidade de um modelo de democracia que perdeu seu vigor pela
violência praticada contra os direitos humanos, sociais e
políticos.

O Estado não desapareceu, nem se
tornou mínimo. Ele serve prioritariamente aos interesses do
capital rentista internacional, serve também para aplacar os
conflitos. Não funciona mais como expressão da vontade
dos cidadãos. Talvez nunca na verdade tenham expressado a
vontade de todos os cidadãos, ou mesmo de uma maioria. Mas, de
todas maneiras, é preciso reconhecer que a concentração
de capital e a primazia do poder econômico adquirem uma
velocidade e uma importância cada vez maiores. Essa
concentração de poder regida pela ótica do lucro
promove uma dualização cada vez maior em nossas
sociedades, deixa os ricos mais ricos e promove uma pauperização
generalizada que rebaixa à condição de
miseráveis milhões de seres humanos.


algumas décadas a América Latina propunha a revolução
socialista como processo de mudança social. E as nossas elites
reagiam com regimes ditatoriais, que no entanto estendiam a cobertura
das políticas públicas para as massas empobrecidas.
Desarticulava-se assim a capacidade autônoma de expressão
da cidadania e, ao mesmo tempo, os Estados nacionais, num esforço
de modernização autoritária, estendiam a
cobertura de benefícios, que se apresentavam como concessões
outorgadas pelos poderosos.

Hoje vivemos a crise dos
paradigmas de mudança social. Para onde orientar os esforços
da construção democrática? E percebemos a
fragmentação e o enfraquecimento das entidades e
instituições da sociedade civil que, no passado, por
força dos conflitos que ativaram, garantiram conquistas
sociais e a sua afirmação enquanto direitos. Partidos
políticos, sindicatos, associações de todo tipo
vêem-se esvaziados de seu poder convocatório para
promover a mobilização dos cidadãos. Estes, por
sua vez, expressam seu desencanto, seu descrédito na
capacidade transformadora da ação política,
expressam mesmo um desencanto crescente com a própria
democracia.

O tema da mudança social parece cada vez
mais distante neste novo mundo neoliberal nessa situação
de desalento, de reacionarismo, de violência, de privatização
da vida. É preciso recorrer aos ensinamentos da história
da humanidade e perceber que mesmo nas situações as
mais adversas foi a mobilização da sociedade que criou
novas possibilidades históricas.

A luta pela cidadania
se apresenta hoje como uma estratégia defensiva, com a
manifestação de uma pluralidade de atores da sociedade
civil que se vêem espoliados de seus direitos e demandam a
reafirmação ou mesmo a ampliação de uma
contratualidade democrática que, no entanto, não
questionam.

A postura de defesa da cidadania não pode
querer reeditar as formas democráticas de regulação
social que expiram com o século XX. A luta pela cidadania
necessita de novos conteúdos e novas formas. Necessita abrir
perspectivas no duplo sentido da negação da sociedade
de mercado como modelo de sociabilidade e da instituição
de um novo contrato social onde a realização das
potencialidades humanas e a questão social – isto é,
a garantia e a efetivação dos direitos –
determinem as novas esferas públicas e as relações
com a economia e a política.

Trata-se de buscar
reconstruir o tecido social e recuperar para os cidadãos –
seja no plano individual, seja no plano das suas representações
coletivas – sua autonomia e seu poder de decisão sobre
suas vidas e sobre a criação novas formas de regulação
social, de novas formas da relação público-privado.


A luta pela cidadania está intimamente associada à
construção de novas formas de regulação
democrática de nossas sociedades. Cidadania e democracia são
dimensões de um mesmo processo que aponta para a construção
de capacidades na sociedade para que todos possam saber escolher,
poder escolher e efetivar suas escolhas.

A formação
para a cidadania, portanto, é um tema crucial. O sentido que
se dê a ela desenhará um determinado projeto de
sociedade. Não é por outra razão que é um
conceito em disputa apropriado por todo o espectro das forças
políticas, muitas vezes servindo para processos de cooptação
e manipulação. A formação para a
cidadania é determinada historicamente, parte do
reconhecimento da realidade que vivemos. Ela é a força
e a fraqueza desta conjuntura. É a força porque poder
aglutinador. É a fraqueza porque ainda não prefigura
novas formas de organização social.






custeio da especialização

Relatório do custeio da especialização em Gestão Pública e Sociedade
Maio de 2009

* Total de Receitas: R$ 9.485,00

* Total de Despesas: R$ 8.588,00

* Resultado: R$ 1.004,00


Detalhamento dos gastos:

1- Taxa Fapto: R$ 948,00
2- Taxa NEEG: R$ 379,00
3- Passagem (Ribeirão Preto - Palmas - Ribeirão Preto): R$ 1.070,00
4- Despesas com Hotel : R$ 240,00
5- Despesas com alimentação/refeições: R$ 250,00
6- Despesas com custeio (combustível) R$ 140,00
7- Lanche para a classe (2) : R$ 148,40
8- Honorários do Professor: R$ 2.550,00
9- Honorários da Coordenação: R$ 400,00
10- Imposto Patronal: R$ 590,00
12- Compra de projetor Epson S6: R$ 1.872,00


A coordenação

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Crise do Capital e Crise da Civilização Capitalista (aula: Estado e Políticas Públicas)

Prof. Dr. Adilson Marques Gennari – FCL/UNESP – Araraquara – SP
UFT – maio de 2009

PARTE I – capital e crise no pensamento clássico de Karl Marx
PARTE II – crise estrutural do capital
PARTE III – conclusões:
..................
.....
..
.
PARTE I – Retomando O Capital de Karl Marx

Livro I – a mercadoria:
•O capital é uma relação social de dominação cujo eixo é a produção de mais-valia, ou seja, uma sociedade baseada na apropriação privada do trabalho coletivo.
•O sentido da sociedade do capital: acumulação pela acumulação
•Redução dos homens a mercadorias = desumanização
•Fetichismo da mercadoria: o metafísico torna-se real e o real metafísico (Marx/Kurz)
.
.
Livro II – rotação do K e a crise:

•Reprodução ampliada do capital:
•D – M ........P........M´- D´

•Na crise interrompe-se a rotação do capital:
•D – M .......P .......M´ \ D´

→ crise = superprodução de capital→ a crise requer destruição de parte do capital super-acumulado para a retomada da acumulação em bases lucrativas
.
.
Livro III – O capital financeiro:

•O capital torna-se eminentemente financeiro:
•(D ) – D - M.........P........M´ - D´ (-D´)
•O capital fictício avoluma-se
•O capital fictício está ligado por fios invisíveis ao capital real: está relacionado com a produção de mercadorias reais produzidas por trabalho abstratos dos trabalhadores reais.
•O capital fictício distancia-se permanentemente do capital real
•Na crise o capital fictício tem que se ver com o capital real (as vendas despencam, as bolsas entram em transe, falências e concordatas, busca de liquidez e corrida por ativos mais sólidos [ouro, dólares, euros, títulos do governo dos EUA]
.
.

PARTE II – Crise Estrutura do Capital

•As novas “corporações de escopo” tem na esfera financeira seu locos privilegiado para a acumulação do capital
•Na atual fase o capital é fundamentalmente financeiro
•Crise do capital financeiro:

(D) - D – M .......P .......M´ \ D´ (D´)

•A nova corporação fundiu os setores sob a égide do capital financeiro
•Queima da pletora de capital que se distanciou. O capital fictício é fictício, pois distanciado da base real (trabalho produtivo).
•A crise se revela como queima de capital fictício
•Surgimento de novo exército industrial de reserva (nova pobreza (miséria) e desemprego crônico)
Na atual crise estrutural:
1. As forças produtivas são forças destrutivas
2. Surge um “novo” exército industrial de reserva
.
1. As forças produtivas são forças destrutivas
•Guerra permanente
•Crise industrial (falências e concordatas seguidas de fusões e aquisições)
•Centralização e concentração do capital global
•Violência generalizada e criminalização da pobreza
•Crise dos alimentos (elevação dos preços)
•Epidemias (câncer, pólio, desidratação, dengue etc)
•Trangênicos: animais, alimentos e plantas geneticamente modificados
•Aquecimento global, falta de água potável
•Taxa decrescente de uso/obsolescência planejada
•Aumento da rotação do capital
.
2. Surge um “novo” exército industrial de reserva
•Superexploração global do trabalho
•Desemprego massivo e duradouro
•Escravos, trabalhadores informais, desempregados de longa duração, “inúteis”, “vagabundos”, “marginais”, “autônomos” etc.
•Hiperperiferia como característica urbana
•Violência generalizada e criminalização da pobreza
•Miséria crescente (as políticas focadas {bolsa-família, etc) são políticas justificadoras e institucionalizadoras da pobreza, da miséria e do status quo).
.
.
PARTE III - Conclusões
a. Estamos numa crise estrutural da civilização do capital
b. O capital é incontrolável e destrutivo (Mészárós)
c. Crise da civilização do capital = a própria existência da humanidade está em jogo.

d. DESTRUIÇÃO DA TERRA

e. DESEMPREGO ESTRUTURAL

--> Não há soluções plausíveis para a crise dentro da lógica sócio-metabólica do capital.
--> Etapa histórica da barbárie do capital (crise econômica, crise política, crise ética, crise ambiental, crise social etc).


LOGO: Somente a substituição da atual sociedade produtora de mercadorias e mais-valia por outra sociedade, produtora de bens para a satisfação das necessidades humanas, pode apontar um caminho que confronte a atual barbárie do capital .


material da aula "Estado e Políticas Públicas"

Tópicos:
Estado no pensamento econômico clássico
A revolução marxista
A reação neoclássica: a lei de Say
Crise do capitalismo e pensamento de John M. Keynes
A hegemonia do neoliberalismo e o Consenso de Washington
O anti-valor de Francisco de Oliveira
Crise do capital financeiro e do pensamento neoliberal

*************************
Para uma avaliação da questão das relações entre Estado e Sociedade e para elaborar uma reflexão acerca da questão do Estado e crise atual do capitalismo é preciso observar pelo menos 4 paradigmas:

1. Paradigma liberal: liberalismo clássico → pensamento neoclássico → lei e Say,
2. Paradigma marxista: Karl Marx e a acumulação do capital financeiro,
3. Paradigma keynesiano: John M. Keynes e sua crítica ao neoclassicismo,
4. Paradigma neoliberal: ascensão e crise do neoliberalismo.
5. Destrutividade da produção de mercadorias = crise

Domingo pela manhã = debate sobre crise
Avaliação = EAD

*************************

Bibliografia Básica:

ANDERSON, Perry. “História do neoliberalismo”. In.: SADER, Emir (org.). O Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
CHAISNAYS. François. A mundialização do capital. “A globalização e o curso do capitalismo de fim-de-século”. Revista Economia e Sociedade, n. 5: 1-30. Campinas. Dez.1995.
GENNARI, Adilson M. & Oliveira, Roberson. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
GENNARI, Adilson M. “Globalização, neoliberalismo e exército industrial de reserva no Brasil nos anos 1990”. http://www.fclar.unesp.br/eco/amg-pesq.pdf.
HAYEK, Friederich Von. O caminho da servidão. São Paulo: Editora Globo, 1977.
KEYNES, John M. Teoria do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982.
MARX, Karl. O Capital – crítica à economia política. 3 livros. São Paulo: Civ. Brasileira, 1980.
MESZÁRÓS, István. Para Além do Capital. São Paulo: Boitempo/Unicamp, 2002.
OLIVEIRA, Francisco. Os Direitos do Anti-valor. Petrópolis: Vozes, 1997.
SANTOS, Boaventura de Sousa (org.) A Globalização e as Ciências Sociais. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Filme: quanto vale ou é por quilo
Documentário: migrantes


Proposta de reformas (FURTADO, Celso. Revista Economia e Sociedade N. 1.):
-Reforma agrária
-Distribuição de renda
-Reforma educacional
-Reforma administrativa
-Ativa participação do Estado na condução do desenvolvimento



FINAL DO SÉCULO 19 - Crise e revolução no pensamento econômico

- escola marxista – teoria do valor-trabalho – mais-valia

- escola neoclássica – teoria do valor-utilidade – abstinência

O que determina o valor?
De onde vem o excedente econômico?

Liberalismo clássico:
Jevons, Menger e Walras,
Walras = equilíbrio geral = equilíbrio de pleno emprego
Jean Baptist Say – lei de Say = toda oferta gera a sua procura
Não há crise
O mercado é automático = o mercado é auto-regulado
Toda intervenção do Estado é maléfica / sindicatos

Laisses Faire

Alfred Marchall: a ação dos indivíduos, agindo em seu interesse egoísta,
redundaria no bem estar social
o indivíduo é o eixo de tudo = você S/A.
Não existe desemprego involuntário

Hegemonia de mais ou menos 1870 até 1930 – a segunda-guerra mundial
1936 – Keynes = o mercado não é automático/ importância do fundo público

Neoliberalismo = Friederich Von Hayek/Milton Friedman/Eugênio Gudin
Contra o estado = facismo e comunismo
Hegemonia de aproximadamente 1989 a março de 2009.
2009 ... = neokeynesianismo



John Maynard Keynes (1883-1946)

O nível de emprego de equilíbrio depende da função da oferta agregada,
Da propensão à consumir e do montante do investimento.

N(nível de emprego) e Y (renda) → demanda efetiva (DE)

DE → I (investimento) + C (consumo)

I → relação entre juros e lucro
C → propensão à consumir vs propensão à poupar

Questão: quando aumenta o N, aumenta também a DE mas
DE aumenta menos que N (vazamentos, poupança), então
Surge um hiato entre oferta e demanda agregada = crise

Solução: aumento de G (gasto público)
_____________
Crítica ao desemprego voluntário e ao automatismo de mercado.


Paradigma marxista: acumulação de capital e crise

D – D – M .......P.......M´- D´ - D´

Unidade da esfera da produção e da circulação
Capital financeiro (capital fictício e capital real)

Mais-valia absoluta
Mais-valia relativa

FILME: quanto vale ou é por quilo: mais valem pobres na mão
do que pobres roubando.
DOCUMENTÁRIO: MIGRANTES (produção UFSCAR –
Universidade Federal de São Carlos


MÉTODO:
MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO
ESTRUTURA E SUPERESTRUTURA


contato do professor: GENNARI@FCLAR.UNESP.BR

terça-feira, 26 de maio de 2009

DOS RACIONALIZADORES?

Texto para a disciplina "Metodologia Científica" (aulas dias 5, 6, 19 e 20 de junho):


DOS RACIONALIZADORES?

"O pensamento mutilado e a inteligência cega se pretendem e se julgam racionais."
Edgar Morin


A inteligibilidade de qualquer fenômeno só pode ser alcançada quando analisamos seu contexto. Afinal, o que não é construído? Haverá, portanto, metodologia mais apropriada que a “Discutibilidade”, entendida esta como processo dialético centrado no confronto?

Os racionalizadores fogem da dinâmica histórico-estrutural, como o diabo da cruz, por temerem, óbvio, o Todo. Privilegiam, assim, o calculável, o descritivo, o formalizável, o quantitativo. Particularizam, quebram as realidades como se estivessem num supermercado interpretativo de peças avulsas. Forjam um carnavalesco paraíso de experts no qual geram imbecis cognitivos. Esses indivíduos não percebem e negam a complexidade dos problemas humanos. A coisa é tão trágica que Morin, no terreno específico da filosofia, nos adverte: “A maior parte dos filósofos desdenha dedicar sua reflexão aos conhecimentos que modificam as concepções do mundo, do real, do homem etc. O mundo agoniza, e eles discutem o sexo de Édipo”.

Esse caos cínico, sedutoramente chamado “Pós-Modernidade”, nos destrói a socos no próprio pensar, degrada nossas relações, e eis os racionalizadores, imersos numa falsa racionalidade, se movendo mediante inteligência abstrata, artificial, tecno-burocrática, presos numa espécie de caverna mecanicista/determinista. Sua lógica analítica é incapaz de ultrapassar a ideologia “causalidade linear”. O mestre está correto: “A inteligência parcelada, compartimentada, mecanista, disjuntiva e reducionista rompe o complexo do mundo em fragmentos soltos, fraciona os problemas, separa o que está ligado, unidimensionaliza o multidimensional. Trata-se de uma inteligência ao mesmo tempo míope, presbita, daltônica, caolha; na maioria das vezes, acaba ficando cega.

É imperativo, destarte, que os racionalizadores entendam ser preciso rever suas posturas e adotarem a que conhecemos por “modelo racional”. Nesta práxis, a dialética, com todas as suas categorias, é imprescindível. Nela, predomina a consciência de que não há realidade sem a presença de “mistérios’, que, na vida, precisamos levar em conta dimensões como afetividade, subjetividade, mitos e, sobretudo, os interesses, muitas vezes velados, de uns sobre os outros.

O pensar correto, enfim, é racional (não racionalizador) porque se firma em dois paradigmas clarificadores: a contextualidade e a complexidade. Nos termos de Morin, “trata-se de buscar sempre a relação de inseparabilidade e de inter-retro-ação entre todo fenômeno e seu contexto, e de todo contexto com o contexto planetário”. De modo que seu fazer pauta-se pela qualidade, sem negar, claro, a quantidade.



Ary Carlos Moura Cardoso
Mestre em Literatura pela UnB
Pós-Graduado em Filosofia –UGF
Pós-Graduado em Administração da Educação,
Políticas, Planejamento e Gestão - UnB
Professor da UFT

2º Professor da Pós-Graduação

Ary Carlos Moura Cardoso

Bacharel e Licenciado em Letras pela Universidade Gama Filho - UGF - (1991), Mestrado em Literatura pela Universidade de Brasília - UnB - (2003), Pós-Graduado em Administração da Educação, Políticas, Planejamento e Gestão (UnB) e Filosofia (UGF). Estudou no Mestrado em Filosofia da UGF. Foi acadêmico de Direito (Faculdade de Direito de Campos-RJ); de Filosofia (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj); de Teologia (Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ). Fez o Ensino Médio no Colégio Batista Fluminense-RJ.
Atualmente, é professor efetivo da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Atua nas áreas de Linguagem, Literatura, Filosofia e Educação.(Texto informado pelo autor)


Última atualização do currículo em 05/05/2009 Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/1916102985831699

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Começa a PRIMEIRA turma do curso de especialização em GESTÃO PÚBLICA e SOCIEDADE


Com "chave de ouro", iniciou-se a primeira turma do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade.


No primeiro dia (sexta-feira, 22 de maio de 2009) houve uma apresentação da proposta pedagógica do curso, a função de cada disciplina, a produção do conhecimento com item central da nossa especialização e planilha com a projeção de receitas e despesas (em breve vamos elaborar relatório completo).

A primeira disciplina - Estado e Políticas Públicas - foi ministrada pelo Prof. Dr. Adilson Gennari, que teve a oportunidade de recuperar todo o histórico de constituição do Estado, e a qualidade da sua intervenção, a partir do entendimento de como uma dada sociedade organiza sua economia, sua produção e seus interesses.


Foi passado também o filme "quanto vale ou é por quilo?" subsidiando toda uma reflexão sobre as causas da pobreza ou da falta de condições de uma vida digna para as pessoas, ao mesmo mesmo que se explicitou as diferentes dinâmicas que resultam de uma situação crônica de injustiça social e exploração econômica.
Por fim, o Prof. Adilson discutiu os três principais paradigmas de explicação da atual crise, ponderando antes que trata-se de uma crise do capital financeiro e do pensamento neoliberal. Dessa forma, temos o paradigma neoclássico e neoliberal cuja explicação central diz respeito a não intervenção no mercado enquanto que o neo-keynesianismo ressalta a necessidade do Estado regular e "civilizar" a lógica destrutiva da acumulação capitalista. Já no paradigma marxista, pondera-se que o "capital" não é reformável, uma vez que sua lógica é acumulação pela acumulação, crescer e crescer para gerar lucro e não produzir para as necessidades humanas, logo, para evitar o risco de um colapso social e ecológico, é necessário superar tal lógica dominante.
Quanto ao material do curso, em breve vamos estar disponibilizando todos os videos e textos para a turma, desta disciplina e das próximas.
Agradeçemos a toda a turma, que além de ter uma participação brilhante nos debates e discussões, também contribuiram de forma decisiva para a concretização deste projeto.
Atenciosamente
A coordenação

terça-feira, 19 de maio de 2009

Disciplina ESTADO E POLÍTICAS PÚBLICAS

Programação da Disciplina

Docente: Prof. Dr. Adilson Marques Gennari

Tópicos:
- Estado no pensamento econômico clássico
- A revolução marxista
- A reação neoclássica: a lei de Say
- Crise do capitalismo e pensamento de John M. Keynes
- A hegemonia do neoliberalismo e o Consenso de Washington
- O anti-valor de Francisco de Oliveira
- Crise do capital financeiro e do pensamento neoliberal


Bibliografia Básica:

ANDERSON, Perry. “História do neoliberalismo”. In.: SADER, Emir (org.). O Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
CHAISNAYS. François. A mundialização do capital. “A globalização e o curso do capitalismo de fim-de-século”. Revista Economia e Sociedade, n. 5: 1-30. Campinas. Dez.1995.
GENNARI, Adilson M. & Oliveira, Roberson. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Saraiva, 2009.
GENNARI, Adilson M. “Globalização, neoliberalismo e exército industrial de reserva no Brasil nos anos 1990”. http://www.fclar.unesp.br/eco/amg-pesq.pdf.
HAYEK, Friederich Von. O caminho da servidão. São Paulo: Editora Globo, 1977.
KEYNES, John M. Teoria do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Atlas, 1982.
MARX, Karl. O Capital – crítica à economia política. 3 livros. São Paulo: Civ. Brasileira, 1980.
MESZÁRÓS, István. Para Além do Capital. São Paulo: Boitempo/Unicamp, 2002.
OLIVEIRA, Francisco. Os Direitos do Anti-valor. Petrópolis: Vozes, 1997.
SANTOS, Boaventura de Sousa (org.) A Globalização e as Ciências Sociais. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

A ABERTURA DO CURSO E A PRIMEIRA AULA

Próxima sexta feira (22 de maio), estaremos iniciando a 1ª turma de especialização em Gestão Pública e Sociedade!

A abertura está prevista para as 14:00 horas, no Bloco III, sala 21.

Programação:

--> 14:00 abertura do curso, com a apresentação da sua temática e debate das problemáticas propostas com alguns professores do curso.

--> 15:45 coffe-break

--> 16:15 disciplina Estado e Políticas Públicas, com o Prof. Dr. Adilson Gennari

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Vagas Remanescentes - CONVOCAÇÃO PARA MATRÍCULA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS EM GESTÃO CONTEMPORÂNEA - NEEG
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU em GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE

EDITAL- maio/2009
CONVOCAÇÃO PARA MATRÍCULA DE VAGAS REMANESCENTES


A Fundação Universidade Federal do Tocantins – UFT, por meio do Núcleo de Estudos Estratégicos em Gestão Contemporânea - NEEG, torna pública convocação para a matrícula no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública e Sociedade – 2009, preenchendo, dessa forma, as 08 (oito) vagas remanescentes.

1. LISTA DE APROVADOS NO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO (classificação, nome e nota):

1 - Geraldo Junior (10)
2 - Heloisa Alvim (9)
3 - Jader Nunes Cachoeira (9)
4 - Calcineide Pereira (8)
5 - Charles dias da Silva (7)
6 - Joatan Silva de Jesus (7)
7 - Fernanda Oliveira (6)
8 - Rosilene Belem de Araújo (6)


2. LISTA DE ESPERA - para o caso de alguma(s) matrícula(s) não efetivada(s):

9 - Lédson Lucas (5)
10 - Candida Dettenborn (2)
11 - Solon Otoni (2)

Observação: A coordenação se responsabilizará de comunicar, diretamente aos interessados, no caso de novas vagas para o curso, e simultaneamente dará publicidade deste mesmo ato diretamente no blog do curso, abaixo indicado.


3. MATRÍCULAS: 18 de maio de 2009 (diretamente na sala 19, bloco II, das 14h00min até às 19h00min), com os seguintes documentos: Cópia do documento de identidade ou equivalente (autenticado ou junto com o original), 2 fotos 3x4, certificado de conclusão de curso superior ou documento equivalente (autenticado ou junto com o original) e comprovante de depósito da taxa de matrícula e da taxa de inscrição.

4. TAXA DE INSCRIÇÃO: R$ 20,00 (a ser pago junto com a matrícula);


5. VALOR DA MATRÍCULA: R$ 220,00


6. FORMA DE PAGAMENTO: Para os candidatos convocados, os pagamentos da matrícula e da taxa de inscrição deverão ser feitos, exclusivamente, por meio de depósito identificado ou transferência entre contas, para a seguinte conta bancária:
- Banco do Brasil
- Agência: 3615-3
- Conta Corrente: 200.160-8 FAPTO ESP GESTAO PÚBLICA E SOCIEDADE

OBSERVAÇÃO: As demais informações sobre a especialização em Gestão Pública e Sociedade poderão ser acompanhadas diretamente no blog do curso (http://gestaopublicaesociedade.blogspot.com/ ).


Atenciosamente,

Prof. M.Sc. Édi Augusto Benini
Coordenador do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública e Sociedade
Coordenador Adjunto do Núcleo de Estudos Estratégicos em Gestão Contemporânea

Palmas, 15 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Texto para debate: ensino PÚBLICO ou privado?

O ENEM E O FRACASSO EDUCACIONAL
Por Ronan

A melhor do Estado de São Paulo é de alunos da escola pública! O senso comum costuma pensar que tudo que é público é de má qualidade.Obviamente, trata-se de um pensamento sem conhecimentos outros e muitofavorável aos interesses particulares de uns tantos. A publicação dosresultados do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio – é uma ótimaoportunidade para pensarmos sobre a educação pública e o respectivofracasso educacional.

Há um senso comum dentre professores, opiniãopública e até mesmo estudantes que insiste em colocar nas costas doalunado e de suas respectivas famílias toda a culpa pelo fracassoeducacional brasileiro. Assim, o grande fator seriam alunosdesinteressados e famílias ditas desestruturadas. No entanto, aanálise dos fatos parece não comprovar tal tese.Uma constatação: a elite brasileira é incompetente. Segundo dados deuma avaliação internacional, a nata de nossa nata, os 25% mais ricosdo país possuem desempenho educacional semelhante ao dos 25% maispobres dos países da OCDE (países ricos + México). Os jovens bemnascidos que estudam em colégios brasileiros onde se paga R$ 2.500 demensalidade não são capazes de superar os jovens pobres da Europa eAmérica do Norte.

Encontra-se ai a explicação para o fato de sermospentacampeões de futebol e não termos expressividade em pesquisa enenhum prêmio Nobel. Para não falar da classe média brasileira, quegasta entre 500 a 1000 reais por mensalidade com seus rebentos e,chegada a hora, muitos não conseguem ultrapassar o vestibular dasmelhores universidades.

Vamos à escola pública. Segundo o último ENEM (2008), a primeiracolocação do Estado de São Paulo, dentre particulares e públicas,ficou com a escola Juarez Vanderlei, de São José dos Campos, mantidapelo Instituto Embraer de Educação e Pesquisa. A escola não cobramensalidade e todos seus alunos são provenientes da escola pública,selecionados por vestibulinho. Alunos saídos da escola estatal foramcapazes de desbancar os bem nascidos do Vértice, melhor colégio dacidade de São Paulo, cuja mensalidade ultrapassa os R$ 2.500 noterceiro ano do ensino médio.

É uma lição e tanto!Resultados como esse colocam absolutamente por terra as velhasdivagações sobre o desinteresse dos alunos e a tal desestruturafamiliar. Como relatou a Folha de São Paulo, de 30 de abril de 2009,quando os jovens encontram professores motivados, bem qualificados,exigentes e bem remunerados, instalações adequadas e uma pedagogiasólida, os resultados aparecem.O problema da educação no Brasil não é o desinteresse dos alunos nem atal desestruturação familiar, mas as parcas possibilidades econômicas,que faz com que hajam escolas encarregadas de formar futurostecnocratas e administradores de empresa, outras futuros técnicos detodo tipo, enfermeiros, bombeiros, eletricistas, policiais, e outrasmais, desqualificados trabalhadores braçais, empacotadores,carregadores e fazedores de bicos em geral. O desinteresse pela escolatem que ser entendido como o desinteresse por uma dada escola, que nãoimplica melhorias sociais e, muitas vezes, é sinônimo de condenação.

Absolutamente desinformados estão aqueles que pretendem culpar os alunos e suas famílias por não conseguirem ter o mesmo desempenho,tanto técnico quanto comportamental, apresentado pelo estudantado dasescolas de R$2.500 mensais. Enquanto para as universidades públicas sedestina, por aluno, R$ 1.300 ao mês, é investido somente R$ 1.700 aoano no estudantado da escola pública.

Obviamente, não se trata defalta de dinheiro, além dos inúmeros problemas de gestão internos edesqualificação, poder-se-ia oferecer um melhor destino educacional seos 4 bilhões gastos com os jogos pan-americanos, os 11 bilhões dadosaos usineiros nos últimos anos, os 200 bilhões sonegados pelosempresários, os 10 bilhões que se pretende gastar com a copa, paraficar em alguns exemplos, fossem destinados para que os alunos daescola pública mostrassem a força de que são capazes.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

VAGAS REMANESCENTES - chamada pública

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS EM GESTÃO CONTEMPORÂNEA - NEEG
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU em GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE

EDITAL- maio/2009
CHAMADA PARA VAGAS REMANESCENTES


A Fundação Universidade Federal do Tocantins – UFT, por meio do Núcleo de Estudos Estratégicos em Gestão Contemporânea - NEEG, torna pública a chamada para o preenchimento das vagas remanescentes do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública e Sociedade – 2009.

1. TOTAL DE VAGAS REMANESCENTES: 08 (oito).

2. PERÍODO DE INSCRIÇÃO: do dia 07 até o dia 14 de maio de 2009;

3. TAXA DE INSCRIÇÃO: R$ 20,00 (que poderá ser paga junto com a matrícula);

4. PROCESSO SELETIVO:

O processo seletivo será simplificado, composto somente pela análise curricular dos interessados. Os candidatos deverão encaminhar, exclusivamente para o e-mail da secretaria do NEEG (neeg@uft.edu.br), declaração de interesse no curso, com dados pessoais (nome completo, endereço, telefones para contato, número do RG e CPF, área de formação e o seu e-mail) e anexar o seu currículo, destacando formação complementar, experiência profissional e produção acadêmica. A taxa de inscrição poderá ser paga com a matrícula.

5. DIVULGAÇÃO DO RESULTADO: No dia 15 de maio de 2009;

6. MATRÍCULAS: 18 de maio de 2009 (diretamente na sala 19, bloco II, das 14h00min até as 19h00min), com os seguintes documentos: Cópia do documento de identidade ou equivalente, 2 fotos 3x4, certificado de conclusão de curso superior ou documento equivalente, comprovante de depósito da taxa de matrícula e da taxa de inscrição.

7. VALOR DA MATRÍCULA: R$ 220,00

8. FORMA DE PAGAMENTO: Para os candidatos convocados, os pagamentos da matrícula e da taxa de inscrição deverão ser feitos, exclusivamente, por meio de depósito identificado ou transferência entre contas, para a seguinte conta bancária:
- Banco do Brasil
- Agência: 3615-3
- Conta Corrente: 200.160-8 FAPTO ESP GESTAO PÚBLICA E SOCIEDADE

OBSERVAÇÃO: As demais informações sobre o curso, deverão ser acompanhadas ou diretamente no home Page da UFT (http://www.uft.edu.br/), ou no blog do curso (http://gestaopublicaesociedade.blogspot.com/ ).



Prof. M.Sc. Édi Augusto Benini
Coordenador do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública e Sociedade
Coordenador Adjunto do Núcleo de Estudos Estratégicos em Gestão Contemporânea


Palmas, 07 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

INICIANDO O CURSO DE PÓS: informações importantes

Atenção aos candidatos a especialização em GESTÃO PÚBLICA e SOCIEDADE, segue a agenda de MAIO:


MATRÍCULAS

  • Data: 4 e 5 de maio, das 14h00min até as 19h30min, na sala 19, bloco II.
  • Valor: R$ 220,00

MENSALIDADES

  • 12 parcelas
  • Valor normal: R$ 250,00
  • Valor com desconto: R$ 140,00
  • ATENÇÃO: O desconto somente será válido para pagamentos até o dia 15 (ou dia util subseqüente) de cada mês

FORMAS DE PAGAMENTO (matrícula ou mensalidades)

  1. Diretamente na Secretaria do NEEG (sala 19, bloco II)
  2. Diretamente com o coordenar prof. Édi ou com a bolsista Pricyla
  3. ou PREFERENCIALMENTE com depósito na seguinte conta:

BANCO DO BRASIL
Agência: 3615-3
Conta Corrente: 200.160-8 (fapto/esp. gestão pública e sociedade)

ATENÇÃO: não esqueçam de entregar o comprovente de depósito a coordenação, sem o qual, não saberemos identificar quem efetuou o pagamento.

INICIO DAS AULAS

  • Primeira Disciplina: Estado e Políticas Públicas
  • Professor: Dr. Adilson Gennari
  • Data: 22, 23 e 24 de maio
  • Horário: dia 22, às 14:10
  • Local: sala 21 no bloco III - UFT
  • Ementa da Disciplina: Recuperar historicamente a constituição dos Estados Nacionais e a natureza das suas intervenções, destacando os conflitos e lutas políticas que condicionaram tais construções. A teoria do Estado burguês: o Estado no modo de produção capitalista. O Estado do capitalismo monopolista de Estado. O Estado dependente na era de capitalismo mundial. O Estado de Bem Estar Social. O Estado de transição. As reformas contemporâneas.

** OBS: No caso de vagas remanescentes, haverá chamada pública dia 11 de maio, composta por processo seletivo simplificado **