O trânsito em Palmas, capital do Estado do Tocantins, tem sido um dos grandes desafios e gargalos para o sistema de Segurança Pública Estadual. Assim como em todo o Brasil na cidade de Palmas – TO, houve uma evolução exponencial na frota de veículos automotores e não existiu um planejamento nas mesmas dimensões, seja das vias terrestres, ou dos agentes de trânsito e de ações dos demais órgãos responsáveis pela a fiscalização de todo o sistema de trânsito municipal.
Dados recente do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito relatam que no período de apenas oito anos (2001/2009) houve um incremento de 239% da frota de veículos na capital tocantinense. Em contra-partida a população de Palmas – TO cresceu somente 27,1%.
Hoje possuímos apenas 20 anos de criação, somos a mais recente capital do mais jovem ente da federação brasileira e já lideramos algumas estatísticas de morte no trânsito do país. Dados recentes do Sistema Integrado de Operações de Palmas – SIOP em Palmas- TO, revelam que durante o período de maio de 2009 a maio 2010 houve um acréscimo de 12,9% no aumento dos números de acidentes nas ruas da capital. E os índices de acidentes de trânsito com vítimas fatais subiram 33,3 % neste período. (PMTO/agosto,2010).
Diante dos dados ora apresentados percebemos que a diminuição dos índices estatísticos de trânsito deve passar por um choque na gestão dos recursos públicos, visando um maior investimento na educação e conscientização do trânsito em todos os níveis da sociedade desde a criança que freqüenta a escola de nível básico passando pelo jovem que chega a Universidade e principalmente a realização de trabalhos conjunts com entidades do terceiro setor, tais como: associações de bairros, Organizações não governamentais entre outros.
E que podemos perceber são que os principais fatos causadores destes eventos são na imensa maioria dos casos provocados pelos próprios condutores e/ou usuários do sistema de transporte. São os casos onde os condutores não se respeitam os limites de velocidade, as placas de sinalização, as faixas de pedestres, o uso do álcool combinado com a direção de veículos, a manutenção da distância dos demais veículos, o planejamento do condutor ao sair de sua residência ou trabalho.
A postura dos condutores aliada a deficiente fiscalização dos órgãos responsáveis pelo trânsito da urbe tem contribuído para a elevação das estatísticas dos acidentes na cidade. No entanto, há a necessidade de um trabalha conjunto entre os agentes públicos e a sociedade palmense com objetivos claros de educar e conscientizar grande parcela da população para redução de acidentes bem como proporcionar um trânsito saudável para a população local e todas que visitam nossa cidade.
João Leyde de Souza Nascimento – Graduado em Ciências Econômicas (Unitins), Graduado em Segurança Pública (Unitins) Pós-graduando em Gestão Pública e Sociedade (UFT). Capitão da Polícia Militar do Estado do Tocantins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário