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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inteligência emocional, mais que um poder pessoal!

Por Karla Kainã Milhomens de Freitas
especializando em Gestão Pública e Sociedade

Os conceitos de inteligência, de poder pessoal e de competência
profissional vêm sofrendo grandes mudanças nos últimos anos. Em
passado não muito distante, as organizações avaliavam seus
funcionários buscando principalmente descobrir suas competências
técnicas e o QI, quociente de inteligência. Eram critérios objetivos,
e serviam de base para contratações, promoções e dispensas. No
entanto, a realidade das organizações tem demonstrado, cada vez mais
claramente, que estes critérios estão superados e que os
comportamentos relacionados à inteligência emocional são os grandes
responsáveis pelo sucesso e o desempenho superior dos profissionais.

Inteligência emocional e o poder pessoal estão intimamente
relacionados. Anteriormente, o poder de uma pessoa estava vinculado ao
seu cargo, aos seus recursos financeiros, ao seu poder de coação junto
às pessoas de seu relacionamento. Nas organizações, atualmente, um
chefe que detenha o poder, mas não disponha de recursos pessoais como:
capacidade de liderança, de comunicação e relacionamento
interpessoal, estabilidade emocional, poder de persuasão e capacidade
de trabalhar em equipe, dificilmente conseguirá utilizar este poder de
forma útil para sua empresa. Todos estes fatores comportamentais
citados estão relacionados à inteligência emocional.

Atualmente, tanto na vida pessoal quanto na profissional, o poder
pessoal de alguém, emana muito mais de sua capacidade de convencer,
persuadir, se relacionar, liderar e negociar, superar dificuldades e
se motivar do que o cargo que ocupa, de seus recursos financeiros ou
de seu poder de coerção.

A sociedade atual não aceita mais a imposição e a violência moral. O
tempo do capataz já passou a despeito de alguns “chefes” se recusarem
a aceitar o fato. Hoje, a lei do assedio moral é uma realidade e os
“lideres” que não respeitarem seus colaboradores estarão sujeitos às
penas da lei, além de prejudicarem suas organizações por conduzirem
equipes desmotivadas e pouco produtivas.

O sucesso não é um acidente de percurso, ele não ocorre por acaso. A
não ser aqueles felizardos que acertam sozinhos na loteria, a maioria
das pessoas que alcançaram o sucesso tiveram determinados padrões de
comportamentos que, juntos, contribuíram definitivamente para
construir esta realidade em suas vidas.

Diante deste contexto, penso que, o processo de decisão dos gestores está relacionado com a inteligência emocional e o poder pessoal, não haverá um resultado satisfatório.

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