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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PLANEJAMENTO TURÍSTICO DE PALMAS - TOCANTINS: UMA GESTÃO PARTICIPATIVA OU AUTORITÁRIA

Apesar de ser a capital do Estado e uma cidade de inquestionável vocação turística, Palmas sempre esteve abaixo do seu desempenho potencial, sem força como destino final, se comparada a outros municípios do interior do Tocantins, como Caseara, Araguacema, Pedro Afonso, entre outros.
A falta de um planejamento estratégico público pode-se constatar ao longo do ano, dado a inexistência de uma programação voltada à atração de turistas. Os que aqui chegam vêm em virtude dos atrativos que a cidade por si só esbanja, principalmente praia e sol, não em função de políticas públicas estrategicamente implantadas para atrair e reter os turistas na cidade. Muitos destes, apenas por aqui passam, seguindo em direção aos destinos acima mencionados. Em Palmas, até existem ações tático-operacionais para o turismo, mas quando o assunto é um planejamento estratégico que traga resultados reais e duradouros, conforme se vê em cidades de outros Estados, como Porto Seguro e Itacaré, aí a terra com belíssimas praias, cachoeiras e várias atrações deixa a desejar.

Uma cidade, um país ou mesmo uma pessoa, na construção do seu futuro, necessita de um planejamento estratégico, por conceito, que deve servir como um guia para orientar as ações e decisões a serem tomadas. Palmas não é diferente, ou seja, precisa de um plano turístico que dialogue com as pessoas e organizações, não existindo uma figura central no processo decisório, e sim diversas partes igualmente significantes.
O processo de planejamento estratégico do turismo de Palmas carece então ter uma abordagem participativa, isto é, envolver o maior número de agentes, pessoas e organizações, no processo e na tomada de decisão. O planejamento participativo permite que todas as partes envolvidas defendam os seus interesses ao mesmo tempo em que se desenvolvem uma visão única sobre o destino, através do compartilhamento de experiências e conhecimento sobre o local. Compartilhar uma visão comum de futuro para o destino é somente uma das vantagens de uma abordagem participativa no planejamento. Este procedimento traz benefícios tanto à comunidade e aos agentes locais quanto à equipe de planejamento e ao destino como um todo.
A participação do indivíduo independente no planejamento turístico é de suma importância, pois contribui sobremaneira para que os objetivos sejam alcançados, sendo, também, fundamental, para a eficácia do planejamento, identificar as necessidades da comunidade local. A satisfação da comunidade é a peça-chave para o desenvolvimento turístico de uma cidade.


Será que em Palmas as políticas para o turismo permitem que a população tome parte ou têm-se assistido ao desenrolar de um “planejamento” turístico autoritário e, por conseguinte, sem resultados?


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