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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SAÚDE NO TRABALHO E ATIVIDADE FÍSICA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE

SOLANGE BELTRÃO LOPES


O termo saúde no trabalho pode ser interpretado como a visão ampliada da saúde, além dos limites da ausência de doenças, que considera fatores relacionados ao estilo de vida dos indivíduos e da sociedade onde se inserem. Essa visão tem por objetivo atuar de forma direta nas reais possibilidades de uma vida saudável. Nesse sentido, a concepção de promoção da saúde está ligada aos aspectos políticos, materiais, organizacionais e simbólicos da vida das pessoas em sociedade e será o equilíbrio de componentes da vida sadia e protegida de doenças. As condições materiais, organizacionais e psicossociais de trabalho, seja ele formal ou informal, são fatores que afetam os comportamentos relacionados à saúde das pessoas e das sociedades.

Podemos dizer que a atividade física é um comportamento muito importante relacionado à saúde, uma vez que existem significativas evidências de sua influência na melhoria da eficiência do sistema imunológico, fato que pode reduzir a incidência de diversas patologias crônicas e degenerativas.


Tendo em base a possível repercussão negativa das atividades ocupacionais sobre o indivíduo, surgiram diversos estudos com o objetivo de adequar as tarefas e a estrutura das organizações às necessidades dos trabalhadores, buscando a satisfação destes com vistas a uma possível melhoria de desempenho.


Dentre as inúmeras formas de intervenção visando à promoção de saúde nas empresas, as baseadas em promoção da atividade física e reeducação alimentar, por serem as mais baratas, tem sido amplamente empregadas.


Os benefícios das atividades físicas leves a moderadas associadas a uma alimentação equilibrada no ambiente de trabalho são muito divulgados e aceitos pelos trabalhadores e empregadores.


Sendo assim, a promoção da atividade física no local de trabalho é uma ferramenta que tem chamado muito a atenção pelo seu custo-efetividade em termos de redução de absenteísmo e custo com transtornos de saúde entre os trabalhadores cujas atividades laborais são pouco ativas, toda via o seu sucesso depende de outros fatores ligados à percepção de bem estar no ambiente ocupacional, como uma renda justa e suficiente para satisfazer as necessidades básicas do ser humano.

Portanto, a inserção de programas de atividades físicas laborais é fundamental para a implementação de projetos mais amplos que visam a redução da incidência e prevalência de doenças crônicas e melhoria da qualidade de vida entre a população adulta. Porém, é preciso haver uma vigilância ideológica sobre essas intervenções, que muitas vezes servem também, como um ópio para o trabalhador no sentido de amenizar o senso crítico e o espírito de reforma em busca de maior justiça e poder nas relações com seu empregados.

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