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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Decifrando os "anos dourados do capitalismo"

Segue abaixo reflexões do Prof. Felipe Silva - disciplina Análise Crítica da Teoria Organizacional, sobre os "anos dourados do capitalismo". Será possível repetir tal façanha, e para todos os povos, dentro do sistema econômico atual? Vejam:



IMPORTANTE PARA ENTENDER O CONTEXTO DA "ECONOMIA SOLIDÁRIA AUTOGESTIONÁRIA" NO SÉCULO XXI- O PENSAMENTO DO PROFESSOR PAUL SINGER.

"Para Marx, o LIMITE da acumulação de capital é atingido quando o EXÉRCITO industrial de reserva, ou seja, o conjunto de desempregados, passa a ser incorporado à economia. Todo o sistema capitalista tende a ter uma parte da sua força de trabalho desempregada ou subempregada. Quando a acumulação se acelera, um número cada vez maior de empregos vai sendo criado e esses empregos vão dando ocupação ao exército de reserva. Chega o momento em que não há mais reserva de força de trabalho, ou seja, uma situação de 'pleno emprego', na fraseologia keynesiana. " Singer, Paul -Curso de Introdução à Economia Política - Forense, 1980, p.66)

Como entender os denominados "Anos Dourados" (1945 - 1970), redistribuição de renda, gastos sociais em saúde, educação, previdência social e "PLENO EMPREGO" nos países centrais?
Resultou da aplicação da Teoria de J.M.Keynes? Responde Singer:

. "Convém a este respeito ser preciso:as prescrições de Keynes para arrancar uma economia nacional de uma depressão ( como a de 1930 - alto desemprego) não encontraram aplicação porque esta eventualidade não se apresentou durante o primeiro quarto de século após a Segunda Guerra Mundial. A ampla presença do Estado como REGULADOR e como empresário, na economia foi uma HERANÇA da luta contra a depressão, nos anos 30, e do PLANEJAMENTO BÉLICO, na primeira metade dos anos 40. Entre 1945 e 1970, tornaram-se de praxe políticas de apoio ao investimento, como, por exemplo, crédito abundante a juros baixos, subsídios e fomento público de certas atividades, consideradas prioritárias. Esta ação dos principais Estados capitalistas permitiu a extraordinária expansão das empresas MULTINACIONAIS e constitui um dos principais fatores de sustentação da longa prosperidade do pós-guerra"
(Singer, Paul- O capitalismo São Paulo: Moderna,1987, p.56)

A retomada (cada vez mais difícil) da acumulação (Singer, Paul, 1987.p. 46).

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