Diante de auschwitzs encapotados,
sistemas para os quais és seringa usada,
não é justo te indignares?
De norte a sul, inspetores-sentinela descem a chibata:
produzem refugos,
cavam abismos...
Tantas câmaras de gás num big brother infame:
não há responsáveis, só julgamentos,
é a Ordem, é o Progresso.
Nesse carro da estupidez assentam-se os de sempre,
prestam culto a mamom, falam de “infinitude”,
e dos caixas eletrônicos saem suas canções preferidas.
No maquinário financeiro não há razão no existir,
tudo é linha de montagem do lucro. És dispensável,
podes viver no depósito de dejetos.
Geração das aflições, com crachás abortivos,
cadáveres belos a caminho do lixão,
não é justo te indignares?
Ary Carlos Moura Cardoso
Páginas Vinculadas
Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário