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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

quarta-feira, 23 de março de 2011

Lançamento Livro: Trabalho Educação e Reprodução Social

Convidamos todos vocês para participar da sessão de lançamento do livro:


Trabalho, educação e reprodução social: As contradições do capital no século XXI, organizado pelos professores Eraldo Batista, vinculado ao grupo de estudos e pesquisas HISTEDBR_GT_Unicamp e Henrique Novaes, professor da UNESP-Marília, Departamento de Administração e Supervisão Escolar (DASE). Os organizadores e os autores dos capítulos farão uma breve exposição do mesmo e após esta atividade, realizaremos o lançamento.


OBS: Os autores e organizadores irão vender o livro mais barato que o valor estipulado pela editora, os interessados, por favor, entrem em contato com os autores.

Abaixo seguem mais informações sobre livro


Dia do lançamento: 24 de Março

Local: Sala da Congregação Faculdade de Educação/ Unicamp

Horas: 16:30 horas


Abraços,

Eraldo Batista, Henrique Novaes e demais autores




ARTIGOS E AUTORES


A reestruturação produtiva e a nova ideologia da educação profissional:

adaptação e competências

Roberto Leme Batista


Mundialização do capital e as novas formas de imbricação entre as

dimensões financeira e produtiva

Lívia de Cássia Godoi Moraes


A concepção de educação na obra de István Mészáros

Caio Antunes


Notas sobre direito autoral, desenvolvimento tecnológico e precarização

do trabalho

Arakin Queiroz Monteiro


Experimentação/autogestionária: autogestão da pedagogia/pedagogia

da autogestão

Cláudio Nascimento


A autogestão como magnífica escola: notas sobre educação no trabalho

associado

Henrique T. Novaes


A educação no contexto da economia solidária: problemáticas para uma práxis emancipatória

Édi Augusto Benini, Elcio Gustavo Benini e Juliana Chioca Ipolito


Educação, trabalho e autogestão: limites e possibilidades da economia

solidária

Ioli G. Wirth, Laís Fraga e Henrique T. Novaes


Reflexões para um debate sobre a orientação da rede dos institutos

federais de educação, ciência e tecnologia

Renato Dagnino, Núbia Moura Ribeiro e Alex Cypriano


A educação profissional no Brasil: algumas notas sobre os anos 1930 e

1940

Eraldo Leme Batista, Helica Silva Carmo Gomes


A relação “educação e trabalho” no pensamento pedagógico dos

empresários brasileiros em fase de neoliberalismo

Elisabete Gonçalves de Souza


Movimentos sociais, trabalho associado e educação: reformas e rupturas

Neusa Maria Dal Ri e Candido Giraldez Vieitez


Educação no movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra: formação

em agroecologia no MST/PR

Aparecida do Carmo Lima e Amélia Kimiko Noma


Notas sobre a educação popular e a questão agrária na revolução

burguesa no Brasil

Fabiana de Cássia Rodrigues


A mão e o sinete notas introdutórias à questão do controle social na UFFS

Paulo Alves de Lima Filho


Rede de Estudos do Trabalho



RESUMO DO LIVRO:

O livro-coletânea “Trabalho, Educação

e Reprodução Social – As contradições

do capital no século XXI”, organizado

por Eraldo Batista e Henrique Novaes,

é um precioso convite à reflexão crítica

num cenário de barbárie social e impasses

históricos da civilização do capital. É um

painel privilegiado de problemáticas do

trabalho nos primórdios do século XXI

tratadas a partir da particularidade brasileira.

O livro trata de temas candentes

como Trabalho, Educação e Mundialização

do capital, Trabalho Associado e Educação

no Brasil, Trabalho e Educação profissional

no Brasil e Trabalho, Educação

e Movimentos sociais no Brasil. Enfim,

a temática da educação percorre todos os

textos desta interessante coletânea.

Por que o tema da formação humana

– ou educação no sentido pleno da palavra

– é o tema mais crucial do século XXI?

Primeiro, porque o ato de fazer história

implica sujeitos humanos conscientes

capazes de transformar as condições

materiais de produção da vida, por meio

de intervenções radicais no plano da democratização

da vida cotidiana. Enfim,

a questão que se coloca hoje sob o tempo

histórico do “capitalismo manipulatório”

(Lukács) é como deter a máquina industrial

e política de desmonte de sujeitos humanos

montada pela ordem do capital.

(...)

Segundo, formar sujeitos humanos

capazes de escolhas radicais é um ato subversivo

na ordem burguesa. Na medida em

que escolas, movimentos sociais, partidos e

sindicatos com compromisso histórico radical

conseguirem elaborar metodologias

pedagógicas capazes de ir além da mera

reprodução instrumental dos elementos

da ordem capitalista, eles se colocarão

num campo precioso da subversão cultural

contra a ordem “imbecilizante” do capital.

A prática revolucionária hoje é acima

de tudo, uma práticaintelectual-moral, ou

melhor, uma intervenção prático-cultural

de natureza radical e criadora capazes de

formar sujeitos-produtores de uma consciência

crítica do mundo burguês.

(...)

Finalmente, com a constituição do

“capitalismo manipulatório”, que tornouse

hoje um sistema mundial organizado

pela oligarquia industrial-financeira, que

controla os aparatos de “formação de

opinião pública”, sob o controle do capital

concentrado dos grandes grupos da

indústria cultural, o problema da formação

humana tornou-se o problema crucial

do nosso tempo histórico. Manipula-se

mais hoje do que nunca, tendo em vista

que, não interessa ao sistema de controle

estranhado do capital em escala global, a

dissidência intelectual-moral. Na medida

em que se agudizam as contradições orgânicas

da ordem mundial do capital em

sua etapa de crise estrutural, ampliam-se

e intensificam-se formas de manipulação

que deformam os sujeitos humanos. Na

verdade, impede-se a formação humana

no sentido de homens e mulheres capazes

de consciência crítica e, principalmente,

consciência de classe.

Sob a crise estrutural do capital, disseminam-

se novos modos de estranhamento

social que assumem formas fetichizadas.

Mais do que nunca, a percepção da realidade

histórica é prejudicada pelo fetichismo

social que impregna a ordem burguesa.

Fetichismo quer dizer intransparência e

ocultação da natureza essencial das coisas.

O que significa que hoje, a intensificação

da manipulação decorre do incremento

do fetichismo social, onde o fetichismo da

mercadoria é sua forma mais simples.

(...)


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