Convidamos todos vocês para participar da sessão de lançamento do livro:
Trabalho, educação e reprodução social: As contradições do capital no século XXI, organizado pelos professores Eraldo Batista, vinculado ao grupo de estudos e pesquisas HISTEDBR_GT_Unicamp e Henrique Novaes, professor da UNESP-Marília, Departamento de Administração e Supervisão Escolar (DASE). Os organizadores e os autores dos capítulos farão uma breve exposição do mesmo e após esta atividade, realizaremos o lançamento.
OBS: Os autores e organizadores irão vender o livro mais barato que o valor estipulado pela editora, os interessados, por favor, entrem em contato com os autores.
Abaixo seguem mais informações sobre livro
Dia do lançamento: 24 de Março
Local: Sala da Congregação Faculdade de Educação/ Unicamp
Horas: 16:30 horas
Abraços,
Eraldo Batista, Henrique Novaes e demais autores
ARTIGOS E AUTORES
A reestruturação produtiva e a nova ideologia da educação profissional:
adaptação e competências
Roberto Leme Batista
Mundialização do capital e as novas formas de imbricação entre as
dimensões financeira e produtiva
Lívia de Cássia Godoi Moraes
A concepção de educação na obra de István Mészáros
Caio Antunes
Notas sobre direito autoral, desenvolvimento tecnológico e precarização
do trabalho
Arakin Queiroz Monteiro
Experimentação/autogestionária: autogestão da pedagogia/pedagogia
da autogestão
Cláudio Nascimento
A autogestão como magnífica escola: notas sobre educação no trabalho
associado
Henrique T. Novaes
A educação no contexto da economia solidária: problemáticas para uma práxis emancipatória
Édi Augusto Benini, Elcio Gustavo Benini e Juliana Chioca Ipolito
Educação, trabalho e autogestão: limites e possibilidades da economia
solidária
Ioli G. Wirth, Laís Fraga e Henrique T. Novaes
Reflexões para um debate sobre a orientação da rede dos institutos
federais de educação, ciência e tecnologia
Renato Dagnino, Núbia Moura Ribeiro e Alex Cypriano
A educação profissional no Brasil: algumas notas sobre os anos 1930 e
1940
Eraldo Leme Batista, Helica Silva Carmo Gomes
A relação “educação e trabalho” no pensamento pedagógico dos
empresários brasileiros em fase de neoliberalismo
Elisabete Gonçalves de Souza
Movimentos sociais, trabalho associado e educação: reformas e rupturas
Neusa Maria Dal Ri e Candido Giraldez Vieitez
Educação no movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra: formação
em agroecologia no MST/PR
Aparecida do Carmo Lima e Amélia Kimiko Noma
Notas sobre a educação popular e a questão agrária na revolução
burguesa no Brasil
Fabiana de Cássia Rodrigues
A mão e o sinete notas introdutórias à questão do controle social na UFFS
Paulo Alves de Lima Filho
Rede de Estudos do Trabalho
RESUMO DO LIVRO:
O livro-coletânea “Trabalho, Educação
e Reprodução Social – As contradições
do capital no século XXI”, organizado
por Eraldo Batista e Henrique Novaes,
é um precioso convite à reflexão crítica
num cenário de barbárie social e impasses
históricos da civilização do capital. É um
painel privilegiado de problemáticas do
trabalho nos primórdios do século XXI
tratadas a partir da particularidade brasileira.
O livro trata de temas candentes
como Trabalho, Educação e Mundialização
do capital, Trabalho Associado e Educação
no Brasil, Trabalho e Educação profissional
no Brasil e Trabalho, Educação
e Movimentos sociais no Brasil. Enfim,
a temática da educação percorre todos os
textos desta interessante coletânea.
Por que o tema da formação humana
– ou educação no sentido pleno da palavra
– é o tema mais crucial do século XXI?
Primeiro, porque o ato de fazer história
implica sujeitos humanos conscientes
capazes de transformar as condições
materiais de produção da vida, por meio
de intervenções radicais no plano da democratização
da vida cotidiana. Enfim,
a questão que se coloca hoje sob o tempo
histórico do “capitalismo manipulatório”
(Lukács) é como deter a máquina industrial
e política de desmonte de sujeitos humanos
montada pela ordem do capital.
(...)
Segundo, formar sujeitos humanos
capazes de escolhas radicais é um ato subversivo
na ordem burguesa. Na medida em
que escolas, movimentos sociais, partidos e
sindicatos com compromisso histórico radical
conseguirem elaborar metodologias
pedagógicas capazes de ir além da mera
reprodução instrumental dos elementos
da ordem capitalista, eles se colocarão
num campo precioso da subversão cultural
contra a ordem “imbecilizante” do capital.
A prática revolucionária hoje é acima
de tudo, uma práticaintelectual-moral, ou
melhor, uma intervenção prático-cultural
de natureza radical e criadora capazes de
formar sujeitos-produtores de uma consciência
crítica do mundo burguês.
(...)
Finalmente, com a constituição do
“capitalismo manipulatório”, que tornouse
hoje um sistema mundial organizado
pela oligarquia industrial-financeira, que
controla os aparatos de “formação de
opinião pública”, sob o controle do capital
concentrado dos grandes grupos da
indústria cultural, o problema da formação
humana tornou-se o problema crucial
do nosso tempo histórico. Manipula-se
mais hoje do que nunca, tendo em vista
que, não interessa ao sistema de controle
estranhado do capital em escala global, a
dissidência intelectual-moral. Na medida
em que se agudizam as contradições orgânicas
da ordem mundial do capital em
sua etapa de crise estrutural, ampliam-se
e intensificam-se formas de manipulação
que deformam os sujeitos humanos. Na
verdade, impede-se a formação humana
no sentido de homens e mulheres capazes
de consciência crítica e, principalmente,
consciência de classe.
Sob a crise estrutural do capital, disseminam-
se novos modos de estranhamento
social que assumem formas fetichizadas.
Mais do que nunca, a percepção da realidade
histórica é prejudicada pelo fetichismo
social que impregna a ordem burguesa.
Fetichismo quer dizer intransparência e
ocultação da natureza essencial das coisas.
O que significa que hoje, a intensificação
da manipulação decorre do incremento
do fetichismo social, onde o fetichismo da
mercadoria é sua forma mais simples.
(...)
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