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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

sábado, 14 de maio de 2011

QUAIS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL SERÃO BENÉFICAS PARA O SER HUMANO E O AMBIENTE?

Afirmamos em texto aqui publicado que há um novo paradigma de desenvolvimento no nordeste: Projeto Conviver com o Semiárido. Há vigorosos movimentos sociais que defendem empreendimentos solidários apropriados ao ambiente, pontos de cultura edificados de baixo para cima pela classe obreira. Mas ainda há concepções atrasadas que confundem mero crescimento econômico (Produto Interno Bruto) com desenvolvimento. Diz o Dr. Roberto M. Alves da Silva: “a convivência com o meio ambiente é um imperativo fundamental para o manejo dos recursos naturais num ecossistema, sem inviabilizar a sua reprodução. Convivência é “viver com”, estar junto com os outros. Significa a possibilidade de interação e coexistência dentro da lógica de reciprocidade”. Portanto, desenvolvimento não significa combater a seca, mas conviver com a riqueza do semiárido. A classe trabalhadora tem lutado, há muito tempo, contra a destruição dos seus meios tradicionais de sobrevivência. Desde as lutas das Ligas Camponesas, Margarida Alves da Paraíba e muitas outras que os movimentos sociais ensinam que há alternativas para superação da miséria no Brasil. Será que a classe trabalhadora nordestina, as indígenas e as quebradeiras de coco babaçu serão expulsas dos seus espaços pelos projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? O Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) ajuda na articulação das lutas de resistência contra o modelo energético excludente e busca uma alternativa de trabalho. Direito à vida! Entre os dias 26 a 30 de novembro de 2009 representantes de movimentos populares dos Estados do Nordeste percorreram as regiões dos quatro estados do setentrional por onde as obras da transposição do S. Francisco já impactaram negativamente a vida da população e o ambiente. O “Terceiro Mutirão das Águas” lançou o “Manifesto em defesa das águas, da terra e do povo” que denuncia: muita desinformação, propaganda enganosa, regularização fundiária injusta, destruição de cisternas familiares, enfraquecimento da economia e das CULTURAS LOCAIS. Cerca de 700 famílias foram desalojadas! Os brasileiros e as brasileiras deveriam ter a oportunidade de conhecer as mudanças que estão sendo apresentadas em relação ao Código Florestal. Várias instituições lançaram o “Manifesto Contra as Mudanças no Código Florestal” (Correio da Cidadania) e denunciam a falta de participação e de democracia em relação à forma como o “debate” vem sendo realizado. Por exemplo, o projeto e seu substitutivo não contemplam as demandas da agricultura familiar, das populações tradicionais e dos quilombolas. A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que vão para a mesa das brasileiras (os) Concordo com a presidente Dilma Rousseff quando diz que defenderá os Direitos Humanos. Estamos esperançosos. Fontes: www.asabrasil.org.

Felipe Luiz Gomes e Silva (felipeluizgomes@terra.com.br)

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