Afirmamos em texto aqui publicado que há um novo paradigma de desenvolvimento no nordeste: Projeto Conviver com o Semiárido. Há vigorosos movimentos sociais que defendem empreendimentos solidários apropriados ao ambiente, pontos de cultura edificados de baixo para cima pela classe obreira. Mas ainda há concepções atrasadas que confundem mero crescimento econômico (Produto Interno Bruto) com desenvolvimento. Diz o Dr. Roberto M. Alves da Silva: “a convivência com o meio ambiente é um imperativo fundamental para o manejo dos recursos naturais num ecossistema, sem inviabilizar a sua reprodução. Convivência é “viver com”, estar junto com os outros. Significa a possibilidade de interação e coexistência dentro da lógica de reciprocidade”. Portanto, desenvolvimento não significa combater a seca, mas conviver com a riqueza do semiárido. A classe trabalhadora tem lutado, há muito tempo, contra a destruição dos seus meios tradicionais de sobrevivência. Desde as lutas das Ligas Camponesas, Margarida Alves da Paraíba e muitas outras que os movimentos sociais ensinam que há alternativas para superação da miséria no Brasil. Será que a classe trabalhadora nordestina, as indígenas e as quebradeiras de coco babaçu serão expulsas dos seus espaços pelos projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? O Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) ajuda na articulação das lutas de resistência contra o modelo energético excludente e busca uma alternativa de trabalho. Direito à vida! Entre os dias
Felipe Luiz Gomes e Silva (felipeluizgomes@terra.com.br)
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