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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Uma homenagem ao PAULO SÉRGIO PORTO

Caros companheiros(as),

Nunca pensei em ter que abrir e-mail para ver/ler notas de luto, pesar ou mesmo convite para o velório de um amigo tão querido: PAULO SÉRGIO PORTO!

Nunca pensei em ter que acessar aos sites na internet para ver/ler notícias e fotos de um competente profissional estampado nas matérias jornalísticas acometido por um crime, logo ele que, ao longo da vida, estudou e aprimorou sua prática e discurso profissional para melhor se posicionar diante de tanta barbarie, logo ele que, junto com toda uma categorial profissional, se indignou com diversos fatos e notícias de violência...

Nunca pensei em ter que procurar saber como fazer para garantir justiça, dignidade e respeito para àquele que foi um dos militantes para garantia de direitos quando diariamente trabalhou no combate à injustiça social, à desigualdade e à violência quando sempre se posicionou em prol dos direitos da mulher, da criança, do idoso, dos negros, dos quilombolas, das famílias vulneráveis, e, claro, das pessoas com orientação sexual diferente daquela tida por muitos preconceituosos como "normal". E aí? Quem é normal quando se trata de amar ou se relacionar com quem quer que seja? Amar é anormal? Anormal para mim são aqueles que por pura ignorância/intolerância tanto ética quanto moral se julgam superiores quando são reduzidamente da pior espécie: sórdidos!

Nunca pensei em ter que chorar por um amigo tão alegre e divertido que tantas vezes trouxe-nos boas risadas ao tempo em que, de forma sincera, prática e objetiva, falava-nos da vida exatamente como ela é. Diferente de nós? Claro que não! Nós sempre sabíamos que todas as coisas que ele falava eram fatos da vida, nós apenas não nos sentíamos tão a vontade de expô-los como ele o fez. Essa era toda a sua essência: autenticidade.

Bem, o fato é que eu nunca pensei em ter que me despedir assim – com palavras escritas – de um profissional e de um amigo tão humano, acolhedor e compreensivo... Deixo então as palavras de Chico Xavier, coisa que curiosamente, ou mesmo para quem acreditar: por destino, foram enviadas para o meu e-mail logo após o acontecido: Quando eu morrer, se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"

Receba meu enorme respeito e minha eterna saudade ao meu grande amigo! Vou tê-lo como exemplo de pessoa companheira e sincera que conviveu parte do seu tempo ao lado dos que amou, e o mais importante: foi um bom amigo e acreditou verdadeiramente nas pessoas e na amizade!.

Michelle Carneiro.


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