
Páginas Vinculadas
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Uma importante conquista: O livro Gestão Pública e Sociedade

sexta-feira, 29 de julho de 2011
RESULTADO PROVISÓRIO DOS ALUNOS - CURSO DE PÓS
quarta-feira, 27 de julho de 2011
URGENTE: ameaça de morte contra militantes
urgente: ADVOGADO E PADRE AMEAÇADOS DE MORTE PELO LATIFÚNDIO NO MARANHÃO / BRASIL
Amigos e amigas,
Por favor divulgar amplamente, este post, inclusive, reproduzindo-o em suas listas de discussão e em seus blogs, pois as vidas de companheiros estão em perigo.
Adriano Espíndola
terça-feira, 26 de julho de 2011
RESULTADO PROVISÓRIO - MONITORES
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Uma homenagem ao PAULO SÉRGIO PORTO
Caros companheiros(as),
Nunca pensei em ter que abrir e-mail para ver/ler notas de luto, pesar ou mesmo convite para o velório de um amigo tão querido: PAULO SÉRGIO PORTO!
Nunca pensei em ter que acessar aos sites na internet para ver/ler notícias e fotos de um competente profissional estampado nas matérias jornalísticas acometido por um crime, logo ele que, ao longo da vida, estudou e aprimorou sua prática e discurso profissional para melhor se posicionar diante de tanta barbarie, logo ele que, junto com toda uma categorial profissional, se indignou com diversos fatos e notícias de violência...
Nunca pensei em ter que procurar saber como fazer para garantir justiça, dignidade e respeito para àquele que foi um dos militantes para garantia de direitos quando diariamente trabalhou no combate à injustiça social, à desigualdade e à violência quando sempre se posicionou em prol dos direitos da mulher, da criança, do idoso, dos negros, dos quilombolas, das famílias vulneráveis, e, claro, das pessoas com orientação sexual diferente daquela tida por muitos preconceituosos como "normal". E aí? Quem é normal quando se trata de amar ou se relacionar com quem quer que seja? Amar é anormal? Anormal para mim são aqueles que por pura ignorância/intolerância tanto ética quanto moral se julgam superiores quando são reduzidamente da pior espécie: sórdidos!
Nunca pensei em ter que chorar por um amigo tão alegre e divertido que tantas vezes trouxe-nos boas risadas ao tempo em que, de forma sincera, prática e objetiva, falava-nos da vida exatamente como ela é. Diferente de nós? Claro que não! Nós sempre sabíamos que todas as coisas que ele falava eram fatos da vida, nós apenas não nos sentíamos tão a vontade de expô-los como ele o fez. Essa era toda a sua essência: autenticidade.
Bem, o fato é que eu nunca pensei em ter que me despedir assim – com palavras escritas – de um profissional e de um amigo tão humano, acolhedor e compreensivo... Deixo então as palavras de Chico Xavier, coisa que curiosamente, ou mesmo para quem acreditar: por destino, foram enviadas para o meu e-mail logo após o acontecido: “Quando eu morrer, se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"
Receba meu enorme respeito e minha eterna saudade ao meu grande amigo! Vou tê-lo como exemplo de pessoa companheira e sincera que conviveu parte do seu tempo ao lado dos que amou, e o mais importante: foi um bom amigo e acreditou verdadeiramente nas pessoas e na amizade!.
Michelle Carneiro.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
PUBLICADO EDITAL DE SELEÇÃO DOS ALUNOS

quinta-feira, 30 de junho de 2011
Publicado Edital nº 2 para a seleção dos monitores
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Tudo pronto para a 3ª edição da pós
quinta-feira, 9 de junho de 2011
INFORMAÇÃO - nova turma de Gestão Pública e Sociedade
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Nova turma da pós em Gestão Pública e Sociedade - informações
domingo, 22 de maio de 2011
em breve...
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Debatendo a Reforma Política - prévia
sábado, 14 de maio de 2011
QUAIS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL SERÃO BENÉFICAS PARA O SER HUMANO E O AMBIENTE?
Afirmamos em texto aqui publicado que há um novo paradigma de desenvolvimento no nordeste: Projeto Conviver com o Semiárido. Há vigorosos movimentos sociais que defendem empreendimentos solidários apropriados ao ambiente, pontos de cultura edificados de baixo para cima pela classe obreira. Mas ainda há concepções atrasadas que confundem mero crescimento econômico (Produto Interno Bruto) com desenvolvimento. Diz o Dr. Roberto M. Alves da Silva: “a convivência com o meio ambiente é um imperativo fundamental para o manejo dos recursos naturais num ecossistema, sem inviabilizar a sua reprodução. Convivência é “viver com”, estar junto com os outros. Significa a possibilidade de interação e coexistência dentro da lógica de reciprocidade”. Portanto, desenvolvimento não significa combater a seca, mas conviver com a riqueza do semiárido. A classe trabalhadora tem lutado, há muito tempo, contra a destruição dos seus meios tradicionais de sobrevivência. Desde as lutas das Ligas Camponesas, Margarida Alves da Paraíba e muitas outras que os movimentos sociais ensinam que há alternativas para superação da miséria no Brasil. Será que a classe trabalhadora nordestina, as indígenas e as quebradeiras de coco babaçu serão expulsas dos seus espaços pelos projetos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)? O Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) ajuda na articulação das lutas de resistência contra o modelo energético excludente e busca uma alternativa de trabalho. Direito à vida! Entre os dias
Felipe Luiz Gomes e Silva (felipeluizgomes@terra.com.br)
quinta-feira, 21 de abril de 2011
A busca pela inovação tecnológica!
A pesquisa sempre foi uma das formas mais eficientes de crescimento econômico e social de uma nação. No Brasil como na maior parte do mundo as pesquisas são encabeçadas pelas universidades, que através de seus estudiosos buscam ao máximo aprimorar a inovação em busca de uma maior competitividade dos diversos ramos da sociedade. No entanto o Brasil ainda estar muito atrás dos padrões internacionais, prova disso é que o nosso país forma 12 mil doutores e 41 mil mestres por ano (dados de 2010), sendo que na China forma por ano na faixa de 36 mil doutores. Esses números são fáceis de serem explicados, basta vermos o total de investimentos em pesquisa de ambos os países no mesmo período, o Brasil em 2010 investiu
Através do Ministério da Ciência e Tecnologia e das Secretarias Estaduais de Ciência e Tecnologia, o governo parece está disposto a virar essa mesa e tornar o Brasil umas das maiores potências em desenvolvimento, em pesquisa e inovação e acompanhar os níveis de países mais desenvolvidos. Como atitude concreta disso podemos ver a criação das FAPs (Fundação de Amparo a Pesquisa) que são criadas em todos os estados, vinculadas as Secretarias Estaduais de Ciência e Tecnologia e que busca o incentivo as pesquisas científicas e tecnológicas por meio de apoio técnico e financeiro; a contribuição para o desenvolvimento social, econômico e cultural; e apoiar a formação e o aperfeiçoamento de profissionais para pesquisa, inovação e desenvolvimento técnico de interesses dos estados.
Fundações semelhantes já foram criadas em vários estados do Brasil, no Tocantins esse o Projeto de Lei de autoria do governo do estado foi aprovado dia 23 sem emendas e por unanimidade pelos deputados estaduais. O Projeto de Lei 02/2011 institui a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Tocantins (Fapt) e logo no dia 31 durante o Fórum Nacional de Assuntos em Ciência, Tecnologia e Inovação realizado em Palmas foi assinado pelo governador o ato que cria o referido órgão.
Com isso, a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia fica obrigada a aplicar parte de seu orçamento na concessão de bolsas integrais ou complementares, são pesquisas que futuramente ajudarão o Tocantins a crescer cada vez mais em inovação.
Por Artur Costa
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Nova turma da pós em Gestão Pública e Sociedade - informações
sábado, 16 de abril de 2011
O Fetiche da Tecnologia
De 1850 até a Primeira Guerra Mundial, mais de 40 milhões de pessoas foram “exportadas” da Europa para outros territórios, o que equivaleu mais de ¼ da força de trabalho. Essa foi uma forma da Europa “resolver” o problema do desemprego, solução que hoje não é mais possível. Para além do mero avanço técnico o desenvolvimento econômico exige justiça social. Mas ainda há quem acredite que a tecnologia por si só resolverá a questão atual do excedente humano na América Latina e que a luta pela reforma agrária é anacrônica, ultrapassada. Há no nordeste, por exemplo, o Movimento Social Conviver com o Semiárido que defende tecnologias sociais e empreendimentos agroecológicos solidários que poderão melhorar as condições de vida da classe trabalhadora. Em Alagoas e no Maranhão 60% de “inframiseráveis” recebem a bolsa-família e a situação pode piorar. Com aplicação de avançada tecnologia 70% das águas da transposição do Rio Chico serão destinadas à irrigação, 26% para consumo industrial e urbano, só 4% para consumo humano. Portanto, como os “inframiseráveis” e os 20 milhões de nordestinos serão beneficiados? Para José G. da Silva e outros há no nordeste uma “questão agrária” a ser resolvida. Afirma José Eli da Veiga: “Em todos os países desenvolvidos, a agricultura familiar tem uma importância socioeconômica e política muito maior do que a agricultura patronal, baseada no trabalho assalariado. No Brasil a situação é inversa. Até o Banco Mundial reconhece que nenhuma outra política tem capacidade redistributiva do que a reforma agrária. Apesar da força do MITO da agricultura patronal, a sociedade brasileira está aos poucos se dando conta da sua absurda INEFICIÊNCIA distributiva. Todavia o assentamento anual de algumas dezenas milhares de ‘sem-terra’ valerá pouco se nada for feito para liberar o potencial dos pelo menos dois milhões de agricultores familiares ‘com – terra’. É crescente a população rural não- agrícola, pois enquanto diminui o êxodo rural cresce a desocupação agrícola, cerca de 28 milhões de pessoas deixaram a área rural entre 1960 e 1980. E entre 1992 e 1995, ficaram sem ocupações agrícolas assalariadas ou por conta própria cerca de
Felipe Luiz Gomes e Silva.
terça-feira, 12 de abril de 2011
DEBATE NA UFT: aberto para todos
segunda-feira, 4 de abril de 2011
A quem interessa a transposição do São Francisco?
25/03/2011
É compreensível que em um país de dimensões tão grandiosas, no contexto da tropicalidade, surjam muitas ideias e propostas incompletas para atenuar ou procurar resolver problemas de regiões críticas. Entretanto, é impossível tolerar propostas demagógicas de pseudotécnicos não preparados para prever os múltiplos impactos sociais, econômicos e ecológicos de projetos teimosamente enfatizados.
Nesse sentido, bons projetos são todos aqueles que possam atender às expectativas de todas as classes sociais regionais, de modo equilibrado e justo, longe de favorecer apenas alguns especuladores contumazes.
Nas discussões que ora se travam sobre a questão da transposição de águas do São Francisco para o setor norte do Nordeste Seco, existem alguns argumentos tão fantasiosos e mentirosos que merecem ser corrigidos em primeiro lugar. Referimo-nos ao fato de que a transposição das águas resolveria os grandes problemas sociais existentes na região semi-árida do Brasil.
Trata-se de um argumento completamente infeliz lançado por alguém que sabe de antemão que os brasileiros extra-nordestinos desconhecem a realidade dos espaços físicos, sociais, ecológicos e políticos do grande Nordeste do País, onde se encontra a região semi-árida mais povoada do mundo.
O Nordeste Seco, delimitado pelo espaço até onde se estendem as caatingas e os rios intermitentes, sazonários e exoreicos (que chegam ao mar), abrange um espaço fisiográfico socioambiental da ordem de 750.000 quilômetros quadrados, enquanto a área que pretensamente receberá grandes benefícios abrange dois projetos lineares que somam apenas alguns milhares de quilômetros nas bacias do rio Jaguaribe (Ceará) e Piranhas/Açu, no Rio Grande do Norte. Portanto, dizer que o projeto de transposição de águas do São Francisco para além Araripe vai resolver problemas do espaço total do semi-árido brasileiro não passa de uma distorção falaciosa.
Um problema essencial na discussão das questões envolvidas no projeto de transposição de águas do São Francisco para os rios do Ceará e Rio Grande do Norte diz respeito ao equilíbrio que deveria ser mantido entre as águas que seriam obrigatórias para as importantíssimas hidrelétricas já implantadas no médio/baixo vale do rio – Paulo Afonso, Itaparica e Xingó.
Devendo ser registrado que as barragens ali implantadas são fatos pontuais, mas a energia ali produzida, e transmitida para todo o Nordeste, constitui um tipo de planejamento da mais alta relevância para o espaço total da região.
Segue-se na ordem dos tratamentos exigidos pela idéia de transpor águas do São Francisco para além Araripe a questão essencial a ser feita para políticos, técnicos acoplados e demagogos: a quem vai servir a transposição das águas?
Os “vazanteiros” que fazem horticultura no leito dos rios que “cortam” – que perdem fluxo durante o ano-serão os primeiros a ser totalmente prejudicados. Mas os técnicos insensíveis dirão com enfado: “A cultura de vazante já era”. Sem ao menos dar qualquer prioridade para a realocação dos heróis que abastecem as feiras dos sertões. A eles se deve conceder a prioridade maior em relação aos espaços irrigáveis que viessem a ser identificados e implantados. De imediato, porém, serão os fazendeiros pecuaristas da beira alta e colinas sertanejas que terão água disponível para o gado, nos cinco ou seis meses que os rios da região não correm.
Um projeto inteligente e viável sobre transposição de águas, captação e utilização de águas da estação chuvosa e multiplicação de poços ou cisternas tem que envolver obrigatoriamente conhecimento sobre a dinâmica climática regional do Nordeste. No caso de projetos de transposição de águas, há de ter consciência que o período de maior necessidade será aquele que os rios sertanejos intermitentes perdem correnteza por cinco a sete meses.
Trata-se, porém, do mesmo período que o rio São Francisco torna-se menos volumoso e mais esquálido. Entretanto, é nesta época do ano que haverá maior necessidade de reservas do mesmo para hidrelétricas regionais. A afoiteza com que se está pressionando o governo para se conceder grandes verbas para início das obras de transposição das águas do São Francisco terá conseqüências imediatas para os especuladores de todos os naipes.
O risco final é que, atravessando acidentes geográficos consideráveis, como a elevação da escarpa sul da Chapada do Araripe – com grande gasto de energia!-, a transposição acabe por significar apenas um canal tímido de água, de duvidosa validade econômica e interesse social, de grande custo, e que acabaria, sobretudo, por movimentar o mercado especulativo, da terra e da política.
No fim, tudo apareceria como o movimento geral de transformar todo o espaço em mercadoria.
*Aziz Ab´Sáber é geógrafo, professor e escritor. Professor-Doutor em Geografia Física (USP), ganhador do prêmio Ciência e Meio Ambiente da Unesco, também foi presidente da SBPC e do Condephaat e diretor do Instituto de Geografia da USP.
quarta-feira, 30 de março de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Lançamento Livro: Trabalho Educação e Reprodução Social
Convidamos todos vocês para participar da sessão de lançamento do livro:
Trabalho, educação e reprodução social: As contradições do capital no século XXI, organizado pelos professores Eraldo Batista, vinculado ao grupo de estudos e pesquisas HISTEDBR_GT_Unicamp e Henrique Novaes, professor da UNESP-Marília, Departamento de Administração e Supervisão Escolar (DASE). Os organizadores e os autores dos capítulos farão uma breve exposição do mesmo e após esta atividade, realizaremos o lançamento.
OBS: Os autores e organizadores irão vender o livro mais barato que o valor estipulado pela editora, os interessados, por favor, entrem em contato com os autores.
Abaixo seguem mais informações sobre livro
Dia do lançamento: 24 de Março
Local: Sala da Congregação Faculdade de Educação/ Unicamp
Horas: 16:30 horas
Abraços,
Eraldo Batista, Henrique Novaes e demais autores
ARTIGOS E AUTORES
A reestruturação produtiva e a nova ideologia da educação profissional:
adaptação e competências
Roberto Leme Batista
Mundialização do capital e as novas formas de imbricação entre as
dimensões financeira e produtiva
Lívia de Cássia Godoi Moraes
A concepção de educação na obra de István Mészáros
Caio Antunes
Notas sobre direito autoral, desenvolvimento tecnológico e precarização
do trabalho
Arakin Queiroz Monteiro
Experimentação/autogestionária: autogestão da pedagogia/pedagogia
da autogestão
Cláudio Nascimento
A autogestão como magnífica escola: notas sobre educação no trabalho
associado
Henrique T. Novaes
A educação no contexto da economia solidária: problemáticas para uma práxis emancipatória
Édi Augusto Benini, Elcio Gustavo Benini e Juliana Chioca Ipolito
Educação, trabalho e autogestão: limites e possibilidades da economia
solidária
Ioli G. Wirth, Laís Fraga e Henrique T. Novaes
Reflexões para um debate sobre a orientação da rede dos institutos
federais de educação, ciência e tecnologia
Renato Dagnino, Núbia Moura Ribeiro e Alex Cypriano
A educação profissional no Brasil: algumas notas sobre os anos 1930 e
1940
Eraldo Leme Batista, Helica Silva Carmo Gomes
A relação “educação e trabalho” no pensamento pedagógico dos
empresários brasileiros em fase de neoliberalismo
Elisabete Gonçalves de Souza
Movimentos sociais, trabalho associado e educação: reformas e rupturas
Neusa Maria Dal Ri e Candido Giraldez Vieitez
Educação no movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra: formação
em agroecologia no MST/PR
Aparecida do Carmo Lima e Amélia Kimiko Noma
Notas sobre a educação popular e a questão agrária na revolução
burguesa no Brasil
Fabiana de Cássia Rodrigues
A mão e o sinete notas introdutórias à questão do controle social na UFFS
Paulo Alves de Lima Filho
Rede de Estudos do Trabalho
RESUMO DO LIVRO:
O livro-coletânea “Trabalho, Educação
e Reprodução Social – As contradições
do capital no século XXI”, organizado
por Eraldo Batista e Henrique Novaes,
é um precioso convite à reflexão crítica
num cenário de barbárie social e impasses
históricos da civilização do capital. É um
painel privilegiado de problemáticas do
trabalho nos primórdios do século XXI
tratadas a partir da particularidade brasileira.
O livro trata de temas candentes
como Trabalho, Educação e Mundialização
do capital, Trabalho Associado e Educação
no Brasil, Trabalho e Educação profissional
no Brasil e Trabalho, Educação
e Movimentos sociais no Brasil. Enfim,
a temática da educação percorre todos os
textos desta interessante coletânea.
Por que o tema da formação humana
– ou educação no sentido pleno da palavra
– é o tema mais crucial do século XXI?
Primeiro, porque o ato de fazer história
implica sujeitos humanos conscientes
capazes de transformar as condições
materiais de produção da vida, por meio
de intervenções radicais no plano da democratização
da vida cotidiana. Enfim,
a questão que se coloca hoje sob o tempo
histórico do “capitalismo manipulatório”
(Lukács) é como deter a máquina industrial
e política de desmonte de sujeitos humanos
montada pela ordem do capital.
(...)
Segundo, formar sujeitos humanos
capazes de escolhas radicais é um ato subversivo
na ordem burguesa. Na medida em
que escolas, movimentos sociais, partidos e
sindicatos com compromisso histórico radical
conseguirem elaborar metodologias
pedagógicas capazes de ir além da mera
reprodução instrumental dos elementos
da ordem capitalista, eles se colocarão
num campo precioso da subversão cultural
contra a ordem “imbecilizante” do capital.
A prática revolucionária hoje é acima
de tudo, uma práticaintelectual-moral, ou
melhor, uma intervenção prático-cultural
de natureza radical e criadora capazes de
formar sujeitos-produtores de uma consciência
crítica do mundo burguês.
(...)
Finalmente, com a constituição do
“capitalismo manipulatório”, que tornouse
hoje um sistema mundial organizado
pela oligarquia industrial-financeira, que
controla os aparatos de “formação de
opinião pública”, sob o controle do capital
concentrado dos grandes grupos da
indústria cultural, o problema da formação
humana tornou-se o problema crucial
do nosso tempo histórico. Manipula-se
mais hoje do que nunca, tendo em vista
que, não interessa ao sistema de controle
estranhado do capital em escala global, a
dissidência intelectual-moral. Na medida
em que se agudizam as contradições orgânicas
da ordem mundial do capital em
sua etapa de crise estrutural, ampliam-se
e intensificam-se formas de manipulação
que deformam os sujeitos humanos. Na
verdade, impede-se a formação humana
no sentido de homens e mulheres capazes
de consciência crítica e, principalmente,
consciência de classe.
Sob a crise estrutural do capital, disseminam-
se novos modos de estranhamento
social que assumem formas fetichizadas.
Mais do que nunca, a percepção da realidade
histórica é prejudicada pelo fetichismo
social que impregna a ordem burguesa.
Fetichismo quer dizer intransparência e
ocultação da natureza essencial das coisas.
O que significa que hoje, a intensificação
da manipulação decorre do incremento
do fetichismo social, onde o fetichismo da
mercadoria é sua forma mais simples.
(...)