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Página específica para a 3ª edição do curso de especialização em Gestão Pública e Sociedade:
terça-feira, 20 de julho de 2010
Gestão e Tecnologia: a degradação do trabalho na sociedade contemporânea
A vida não dá, nem empresta; não se comove, nem se apieda.
Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos"
(Albert Einstein)
As palavras Gestão e Tecnologia são sugestivas, nos remetem a idéia de inovação, porém, o sentido real o que está por trás é o mesmo conceito utilizado desde a 1ª Revolução Industrial (1780-1860) e sistematizou-se com os estudos pioneiros de Taylor (1856-1915) o qual tinha a preocupação básica de aumentar a produtividade da empresa pelo aumento da eficiência do nível operacional. Para maior análise deste assunto, tencionamos aqui fazer um paralelo entre o filme “A classe operária vai ao paraíso” e a degradação do trabalho na sociedade contemporânea pelo capitalismo.
O filme “A classe operária vai ao paraíso” demonstra muito bem a condição degradante da classe trabalhadora, evidencia a maneira de como estamos inseridos na conjectura do capitalismo. Outra alusão, é o desgaste físico do homem-peça-de-máquina que consumido pelo trabalho, perde a capacidade de amar e conviver em harmonia com sua família. Pois só é promovido e “bem remunerado” aquele que vender a sua alma ao capitalismo, este incita ao operário potencializar, ininterruptamente, a sua força de trabalho, e, com efeito, o desencadeamento de doenças crônicas, ou seja, quanto mais alienado for, mais progresso o capitalismo obtêm, motivo pelo qual ele revoluciona constantemente as suas tecnologias.
Dessa forma, a degradação do trabalho na sociedade contemporânea continua não muito diferente de antigamente, antes o objetivo principal era o aumento e controle da produção de peças e hoje é o aumento e controle das metas ao menor custo. E por sua vez, o Estado, promulgador do bem comum da sociedade, tem suas ações voltadas, sobretudo, aos interesses das empresas. Em conseqüência de ausência de políticas de inclusão social, se propiciou o aumento da precarização do trabalho em uma de suas piores formas: a “escravização” do trabalhador.
Portanto, muito embora reconheçamos que o trabalho seja imprescindível à vida humana, é mister a revisão das prioridades do capital (fim da atilada forma de "coisificação" do homem) em prol do fator humano. Assim, nesse contexto de exclusão social decorrentes da crescente exploração do trabalho pelo capital é necessário buscar alternativas ao trabalho humano como forma de inclusão social e efetivação da dignidade da pessoa humana. Do contrário, até quando os trabalhadores suportaremos tais condições mortificantes?
Roze Aguiar, acadêmica da pós Gestão Pública e Sociedade - UFT
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